A jornalista afirmou ainda que será uma "senadora independente". "Embora tenhamos aumentado a nossa bancada do PP no Senado – antes o partido tinha apenas um senador, agora somos cinco – eu serei independente. Mas, claro, vou estar alinhada com as bases do PP".
Conforme ela, o apoio a agricultura será o seu foco no Senado. "O Interior depende muito das nossas safras agrícolas. Estive em Venâncio Aires durante a campanha e conversei com o vendedor de uma revenda de motos. Ele disse que as vendas estavam ruins por causa do resultado da lavoura de fumo. A agricultura interfere diretamente no comércio", afirmou.
Durante a entrevista, Ana Amélia também defendeu os aposentados. "Percebi, ao longo de 60 mil quilômetros rodados pelo Estado, a perda do poder aquisitivo dos aposentados. Pessoas que antes recebiam cinco salários mínimos, agora recebem dois e meio. Se continuar desse jeito, logo vão receber um. Embora seja a base do (Paulo) Paim, esse tema é grave demais para ser propriedade de um único senador", analisou.
Sobre a ampla votação que teve em sua primeira candidatura, Ana Amélia garantiu que não foi fácil disputar com o presidente Lula. "Eu fiquei muito feliz e agradecida com a confiança que os eleitores gaúchos tiveram com a minha candidatura. Não foi fácil enfrentar a concorrência do Presidente da República, da candidata Dilma, do governador eleito em primeiro turno (Tarso Genro). A gama de apoio ao Paim era muito forte", disse.
"Esse processo eleitoral foi uma coisa muito bonita. Eu era estilingue antes, agora sou vitrine. Mas eu sou ficha limpa. No exercício da minha profissão sempre respeitei os partidos. No Senado vou trabalhar com a seriedade que sempre tive na minha carreira de jornalista", finalizou.
Correio do Povo e Rádio Guaíba