Ricardo Jobim (Novo) foi o candidato entrevistado nesta sexta-feira (09) pelo programa Agora da Rádio Guaíba. Na conversa, o candidato promete governar de forma totalmente liberal, desburocratizando processos governamentais e se colocou a favor das privatizações da Corsan e do Banrisul.
Jobim diz que não é político, mas avalia que faltam boas opções para mudanças na política, e por isso, decidiu entrar na corrida ao Piratini. Sobre sua forma de governar, ele diz querer ser de maneira liberal “não existe outro caminho que não a liberdade econômica", explica o candidato.
Ao ser questionado sobre como conquistar apoio para passar seus projetos, não sendo conhecido na vida pública, Jobim diz que as pautas que articulará serão a favor dos candidatos, e por isso, não vê sentido em não conseguir aprovar. “Eu não imagino quem é do agro(negócio) votar contra boas pautas para o agro (negócio)”.
Em seu possível governo, promete algumas mudanças. Uma delas é que os secretários não sejam políticos, maa sim secretários técnicos e adjuntos políticos, pois, de acordo com o candidato, essa seria a melhor forma de governar.
Sobre as privatizações, o candidato se coloca a favor das operações da Corsan e do Banrisul. “O Banrisul, defendo a privatização. Temos que vender enquanto é tempo,” explica o candidato se referindo a possível desvalorização do banco. Em relação ao formato como as privatizações vêm sendo negociadas, diz que é preciso uma revisão. Sobre a desestatização da Corsan, se mostra a favor, mas diz que não poderá tomar nenhuma medida, pois acredita que já estará concluída até dezembro. Mas concorda com o ato, pois “cada R$ 1 investido em saneamento, são R$ 9 não gastos em saúde pública”.
De acordo com ele, as empresas privadas são mais efetivas do que as públicas. Com o dinheiro da privatização, Jobim diz que investirá na educação, principalmente nas escolas que contém ensino técnico.
Ao ser questionado sobre a falta de privatizações no governo de Minas Gerais do seu colega de partido, Romeu Zema, o candidato ao governo do RS diz que faltou a compreensão de outros partidos que derrubaram as propostas, pois, de acordo com ele, “Zema não vendeu a alma para conquistar nada.” Enfatiza que o mineiro trabalha com 12 secretarias e não com a “velha política”.
Sobre o plano de recuperação fiscal da União, diz que não deseja voltar a situação financeira do governo José Ivo Sartori, que não pagava os servidores públicos, mas que também não concorda com a forma como foi negociado. De acordo com ele, o governo de Eduardo Leite (PSDB) vende uma mudança que não ocorreu. “É puro marketing”, enfatiza, e diz que as negociações foram feitas, mas que não foram pagas.
Sobre como dar fim às "regalias com dinheiro público”, conforme perguntado pelo entrevistador, Jobim diz que é preciso entender e comparar o que é realmente necessário. “Será que o governo precisa de um palácio em Canela para trazer os amigos?”, ressalta, se referindo ao Palácio das Hortênsias.
E em seguida fez outra indagação: "Será que o governo precisa de duas aeronaves, enquanto existe a necessidade do transporte de órgãos?”, questiona o candidato. Concluindo que é preciso rever estes maiores benefícios.
Na última pergunta, os entrevistadores questionam sobre quem o candidato apoiará referente a um possível segundo turno entre Lula e Bolsonaro. “Meu candidato é o Felipe D’ávila”, inicia falando sobre o apoio presidencial do seu partido, mas, entre os dois candidatos, Jobim enfatiza “jamais deixaria o PT voltar ao poder".
*Supervisão Mauren Xavier
Paula Neiman*