Integrantes da campanha do ex-presidente Lula (PT) reclamam da falta de respostas a ataques de adversários. A ala do partido incomodada com a situação afirma que, em um grupo de WhatsApp criado para que os integrantes da campanha, coordenadores e advogados troquem mensagens relacionadas à disseminação de supostas fake news ou qualquer outra conduta criminosa por parte dos oponentes, o que se vê é uma passividade diante das notícias ou postagens.
Segundo essa ala do PT, prints que poderiam se transformar em ações contra adversários no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) são compartilhados diariamente, mas quase nada é, de fato, encaminhado à Justiça.
Na quarta-feira, a coligação ajuizou 15 ações por supostos fake news no TSE, número considerado pequeno perto do material que a campanha tem em mãos. A ala incomodada, que é minoritária, acha que é preciso tratar o adversário como adversário, utilizando todas as armas legais possíveis para marcar posição e mostrar que está atenta a qualquer passo duvidoso das outras campanhas.
A outra ala do partido, que é a maioria, defende que esse excesso de ações junto ao TSE pode mais prejudicar do que ajudar Lula, já que a possibilidade de que alguma destas ações resultem, de fato, em algo exitoso para a campanha é mínima.
Recentemente, Ciro Gomes entrou com uma ação no TSE contra Bolsonaro sobre o episódio envolvendo os embaixadores, em que Bolsonaro transmitiu, pelas redes sociais e pela TV Brasil, uma reunião que fez com chanceleres, onde questionava a lisura das urnas eletrônicas. O departamento jurídico de Ciro entrou em contato com o jurídico do PT, que preferiu não entrar na briga.
"Agora o melhor é jogar o jogo do que passar a impressão de que quer ganhar por WO", afirmou uma pessoa do núcleo da campanha, que concorda com a desaceleração das ações junto ao TSE.
R7