Na carta, Tarso diz que a análise de Joaquim Levy foi “rasa e parcial” e acusa o ministro de ter uma visão ideologizada da situação. “Ao tomar conhecimento da apresentação do Ministro da Fazenda na comissão não nos restou alternativa senão expressar nossa estranheza pela abordagem escolhida ao analisar as contas do Rio Grande do Sul. Fato grave, na medida em que tal apresentação foi dirigida à representação parlamentar do Estado no Congresso, podendo causar desinformação e/ou possibilitar conclusões fundadas em uma visão estreita e ideologizada da situação das contas públicas do RS”, escreveu Tarso.
O ex-governador ainda sustentou que a análise da situação do Estado não pode ser feita sem observar os governos anteriores ao dele e citou o que considera crescimentos do Rio Grande do Sul na sua gestão. “Não há como não considerá-la rasa e parcial, na medida em que tratou apenas do período 2011/2014, desconsiderando os passivos históricos, ignorando o cumprimento por parte do Estado dos ditames da Lei de Responsabilidade Fiscal, das vinculações constitucionais e dos compromissos com a União, como o pagamento em dia da dívida, assim como com os demais credores”, afirmou.
Na parte final, Tarso diz que está disposto a colaborar para a aprovação do projeto que recria a CPMF e encerra pedindo que as futuras manifestações de Levy sejam pautadas por "profissionalismo e responsabilidade".
Confira a carta de Tarso Genro na íntegra no blog do colunista Juremir Machado da Silva clicando aqui.
Correio do Povo