Conforme o titular da Secretaria de Estado do Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas, Jorge Branco, o Executivo ainda não recebeu números oficiais indicando o total de empregados da empresa. Mesmo assim, garantiu que a Secretaria Estadual do Trabalho vai montar uma frente para cadastrar os funcionários e encontrar alternativas para eles. O sindicato cita que em torno de mil empregados atuam na Iesa.
Segundo Branco, as indústrias Guaíba, São Jerônimo e Eldorado do Sul são candidatas a receber os possíveis desempregados. O setor de celulose é o que pode absorver o maior número de vagas, comentou.
Ao mesmo tempo, o Estado busca alternativas para que haja um substituto da Iesa ou que novos contratos sejam anunciados com a empresa. Na avaliação de Branco, a indústria naval no Polo do Jacuí não vai perder espaço. “A empresa não conseguiu ter sucesso gerencial para manter as obrigações contratuais com a Petrobras… Agora, o polo como política, eu acredito que não está em risco porque há uma grande demanda sustentada pela Petrobras e pela marinha mercante brasileira e pela Marinha do Brasil”, explicou.
A Iesa, que chegou em 2013 ao município, enfrenta sinais de retração desde a metade deste ano e foi uma das nove empreiteiras alvo da Polícia Federal por suspeita de fechar contrato com a Petrobras através do pagamento de propina. Membros da alta direção da empreiteira chegaram a ser presos pela Operação Lava Jato, mas foram soltos nessa terça-feira.
Samuel Vettori / Rádio Guaíba