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"Eu dei uma paulada neles", diz Bolsonaro sobre banqueiros que assinam carta pela democracia

Chefe do Executivo voltou a criticar, nesta quinta-feira (28), documento que já conta com mais de 160 mil assinaturas

| Foto: ALAN SANTOS / PR / CP

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar, nesta quinta-feira (28), a carta em defesa do sistema eleitoral brasileiro e pela democracia, assinada por diversos segmentos da sociedade e que já conta com mais de 160 mil signatários. Durante conversa com apoiadores no Palácio do Alvorada, Bolsonaro disse que os banqueiros — entre eles Candido Botelho Bracher (ex-presidente do Itaú) e José Olympio Pereira (ex-presidente do Credit Suisse no Brasil) — assinaram o documento porque perderam dinheiro com a transferência bancária desde a criação do Pix.

"Você pode ver que essa carta aos brasileiros e [sobre] democracia, os banqueiros estão patrocinando. É o Pix, que eu dei uma paulada neles", disse o presidente. "Os bancos digitais também que facilitamos. Estamos acabando com o monopólio dos bancos", completou.

O documento foi feito na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e, em menos de 24 horas, obteve a assinatura de mais de 100 mil pessoas. A carta não cita Bolsonaro e afirma que "estamos passando por momento de imenso perigo" para a normalidade democrática, com riscos às instituições e insinuações de desacato ao resultado das eleições.

Entre os signatários, estão banqueiros, empresários, intelectuais e advogados. O documento conta também com a assinatura de ministros eméritos do Supremo Tribunal Federal e docentes de diversas universidades do país, como USP, UFMG, UFRJ e UFPB.

A carta já tinha sido alvo de críticas por parte de Bolsonaro na última quarta-feira (28). Durante a convenção que oficializou a aliança do Partido Progressista com o Partido Liberal, o presidente desdenhou do documento. 

"Defendemos a democracia. Não precisamos de nenhuma cartinha para falar que defendemos a democracia. Que queremos cada vez mais cumprir e respeitar a Constituição. Não precisamos, então, de apoio ou sinalização, de quem quer que seja, para mostrar que o nosso caminho é a democracia, liberdade e o respeito à Constituição", afirmou Bolsonaro.

O documento em defesa da democracia será lido em 11 de agosto, na capital paulista. A carta chega em meio às críticas feitas por Bolsonaro ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas. Recentemente, o presidente convocou embaixadores estrangeiros para levantar suspeitas contra o modelo adotado, o que provocou reações em diversos segmentos.

R7