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EUA usarão Centro de Alcântara para lançar foguetes, diz Jungmann

Segundo ministro da Defesa, equipamento está paralisado desde 2001

EUA usarão Centro de Alcântara para lançar foguetes, diz Jungmann | Foto: Agência Espacial Brasileira / Divulgação / CP
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou nesta quarta-feira que o governo brasileiro vai permitir inicialmente aos Estados Unidos o uso do Centro de Alcântara, no Maranhão, para o lançamento de foguetes ao espaço. Além dos EUA, o ministro disse que Israel, Rússia e França também já manifestaram interesse em usar a estrutura do equipamento.

O Centro de Lançamento de Alcântara, conforme lembrou o ministro durante o Fórum de Investimentos Brasil 2017, está paralisado desde 2001 e o governo do presidente Michel Temer (PMDB) prepara um projeto de lei que autoriza o País a permitir o uso do equipamento a governos estrangeiros. Uma versão do projeto já havia sido apresentada em 2001, mas foi retirada do Congresso para ganhar um novo texto.

Durante discurso no evento, o ministro não citou um prazo para envio do projeto, mas disse que "muito em breve" o centro vai estar em plenas condições de funcionamento. Jungmann falou ainda que será reformulada a governança da estrutura, que, segundo ele, era um dos "temas mais frágeis" da estrutura para o governo.

Um Conselho Nacional de Espaço também será criado, explicou o ministro, para servir como um comitê executivo que dará suporte à administração do centro de lançamentos. "O País investiu bilhões na construção do equipamento de um centro que aí se encontra plenamente consolidado, com plenas condições de funcionamento e que esperamos reativar muito em breve", disse Jungmann.

O ministro destacou que o interesse dos outros países em usar a estrutura brasileira para lançar foguetes no espaço se dá pelo fato de o Centro estar estrategicamente localizado, já que fica na linha do Equador e tem uma proximidade maior da superfície terrestre com o espaço.

"Só virar a chave"

O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, já está pronto para uso pelos países parceiros. "Está pronta e acabada, é só virar a chave. Com aquela localização [privilegiada], a gente precisa, de fato, gerar recursos", declarou o ministro.

O ministro citou a dificuldade de expansão da base por causa da questão quilombola. A área de 60 mil hectares foi desapropriada, restando 8 mil hectares para os lançamentos da plataforma.  "Se você tiver mais 12 mil hectares, e isto está em negociação, você vai poder colocar até seis países no centro de lançamento. Seria uma melhora muito grande nos recursos", disse. Segundo ele, com a expansão, os recursos passariam de US$ 1,2 bilhão para US$ 1,5 bilhão.

A base opera no lançamento de foguetes em menor escala. "Não tem lançamento de satélites, tem de foguetes de pesquisa, o que não é a atividade principal." Exportação O ministro destacou ainda algumas possibilidades de exportação de equipamentos de defesa brasileiros.

Segundo ele, a aeronave Embraer KC-390 será apresentada a países como Suécia, República Tcheca, Polônia e Eslováquia. Há ainda radares, que despertaram interesse da França, sonares e submarinos. "O [submarino blindado] Guarani é uma boa oportunidade, é um equipamento relacionado à tecnologia de alta intensidade com potencial enorme", disse.

AE e Agência Brasil