Loures foi preso no último sábado, por ordem do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. O ex-assessor de Temer foi flagrado na noite de 28 de abril correndo por uma rua dos Jardins, em São Paulo, com uma mala estufada de propinas da JBS - 10 mil notas de R$ 50, somando R$ 500 mil.
Os investigadores estão convencidos - a partir de interceptações telefônicas e outros dados - que esse dinheiro seria destinado ao presidente, alvo de inquérito da PF por suspeita de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça.
A ajuda milionária da JBS, em troca de apoio a demandas do interesse do grupo em órgãos do governo, seria semanal e se prolongaria por até 25 anos. Segundo disse Loures no grampo da Polícia Federal, assim ficaria garantida a 'aposentadoria' de Temer. Loures estaria disposto a fazer delação premiada. Por enquanto, porém, ele escolheu o silêncio.
AE