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Ex-coordenadora da Saúde diz que falta de apoio de Bolsonaro prejudicou vacinação contra Covid-19

Francieli Fantinato apontou ainda falhas na comunicação e na compra de vacinas

Francieli Fantinato destacou que o Ministério da Saúde precisava ter um direcionamento único e campanhas sobre a vacinação contra a Covid-19 | Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado / Divulgação / CP

A ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) Francieli Fantinato disse em seu depoimento nesta quinta-feira (8), à CPI da Covid, que a politização da vacinação contra a Covid-19 a fez desistir do cargo. Ela foi exonerada em junho.

Questionada pelo relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), se o presidente Jair Bolsonaro de alguma forma prejudicou seu trabalho na campanha de imunização contra a Covid-19, Francieli afirmou que todos os brasileiros deveriam lutar pela vacinação da população, mas não foi isso que fez o "líder da Nação".

"Eu precisava que a gente tivesse um direcionamento único. Na campanha, eu preciso de apoio à vacinação, quando o líder da Nação fala de modo não favorável, a minha opinião é que isso pode trazer prejuízos."

Ela fez a ressalva de que não tem pesquisas ou dados que comprovem o impacto que a ação do presidente pode ter tido sobre a imunização no país. A ex-servidora afirmou que Bolsonaro prejudica a campanha quando "traz elementos que muitas vezes colocam em dúvida" as vacinas.

A ex-coordenador do PNI comentou também que a falta de campanhas de comunicação com a população e o baixo número de vacinas prejudicaram o programa. Francieli explicou que a necessidade de criar grupos prioritários por causa da escassez mundial de vacinas contra a covid exigia uma comunicação nacional eficiente para explicar aos brasileiros essas divisões.

"A vacinação tem evidências muito fortes de que tem resultado. Quando se começa a colocar em dúvida essa prática, que tem aval da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] e de estudos [científicos), isso pode trazer prejuízos à campanha de vacinação. Essa politização do assunto chegou no limite", reclamou.

Francieli, que se recusou a fazer acordo para dizer a verdade antes de seu depoimento, desmentiu a informação de que teria pedido para deixar o cargo por causa das investigações da CPI. A comissão pediu a quebra de seus sigilos telefônico e telemático e a tornou uma das investigadas nos atos apurados pelos senadores.

Ela, aliás, no início de sua oitiva, criticou os senadores por ser colocada como investigada pela CPI mesmo antes de ser ouvida. O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que ela é investigada, mas não por ser culpada de qualquer crime, com o objetivo de ajudar a CPI a saber detalhes dos fatos.

 

R7