Jairo Jorge lembra que o mesmo processo já foi analisado duas vezes pelo Tribunal de Contas do Estado e que, nas duas oportunidades, as contas foram auditadas sem que tenha havido apontamento. “Agi corretamente e não há nenhum ato ilegal. Esta é uma decisão liminar. Hoje é muito fácil jogar o nome das pessoas na lata do lixo. O meu patrimônio é de R$ 1.402.848,81. E este é um patrimônio que construí depois de 36 anos de trabalho. Então, irei recorrer à juíza", afirmou.
"Espero que, se não houver nenhum outro interesse além da Justiça, essa decisão seja revista. E se não for isso, buscarei nos tribunais superiores a reparação. Porque, infelizmente, uma decisão como esta já me condena antes sequer de eu ter recebido a notificação. Isso não é possível. Eu já tenho duas decisões do Tribunal de Contas que inocenta a Prefeitura. Então, vou recorrer. E tenho certeza que vencerei pela seriedade com que administrei à Prefeitura em toda minha vida pública”, completa o ex-prefeito.
O ex-gestor de Canoas explica que, em 2013, as prestadoras de serviços de cozinheiro e servente nas escolas municipais de Canoas começaram a entrar em processo de falência, atrasando os salários e paralisando as atividades. Por conta disso, ele fala que realizou, no inicio de 2014, uma contratação emergencial para garantir o fornecimento de merenda para 33 mil alunos, a limpeza nas 76 escolas municipais e o emprego de 450 trabalhadores. Depois de um ano, foi concluído o processo licitatório definitivo, vencendo a empresa com menor preço.
Na decisão da Justiça, ficou determinado o bloqueio de aproximadamente R$ 36 milhões em bens do ex-prefeito Jairo Jorge, e também do ex-secretário da Educação, Eliezer Pacheco, e da empresa W.K. Borges e Cia Ltda. A companhia terceirizada já recorreu da decisão liminar da juíza, solicitando liberação dos recursos bloqueados e justificando que, sem eles, não consegue pagar impostos nem manter as atividades. A magistrada, no entanto, não aceitou as as alegações.
Guilherme Kepler / Rádio Guaíba