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Extinções de fundações são irresponsáveis, diz Tarso Genro

Para ex-governador, Estado mínimo gera ausência de políticas sociais

Tarso Genro concedeu entrevista na Rádio Guaíba | Foto: Daiana Camillo / Especial / CP
O ex-governador Tarso Genro criticou nesta segunda, em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, medidas aprovadas na semana passada pela Assembleia Legislativa e que compõem o pacote de austeridade do Palácio Piratini. Tarso chamou a extinção de fundações de "irresponsáveis". "É um absurdo, né? É um papel do Estado ter televisão, ter comunicação pública, assim como a iniciativa privada tem a possibilidade, o dever e a frente de acumulação para empresas que atuam nessa área", destacou. "As extinções dessa natureza são irresponsáveis, que partem de uma visão de Estado mínimo", afirmou.

Para Tarso, quem não quer um Estado empreendedor, quer apenas um prestador de serviços nas áreas de educação e saúde. "O resto fica a livre escolha do mercado. Acho errado isso", criticou. "Se tiro o Estado de conduzir esse desenvolvimento, o que vamos ter é o monopólio privado e a ausência total do interesse público nas políticas que o Estado desenvolve", ressaltou o ex-governador.

"Sabemos que o Estado mínimo gera uma ausência máxima de políticas sociais. Isso gera mais descontamento, mais desequilíbrio social, mais criminalidade", apontou. "O Estado social está desmantelado. A classe média e os ricos não irão sofrer com isso. Quem sofrerá é a classe baixa, os desempregados", destacou.

Segundo Tarso, as medidas estão sendo tomadas "porque a economia estava desestabilizada". "A grande capacidade dos administradores é saber governar contra esta corrente, contra esta maré. Tomar suas decisões ouvindo a sociedade. Acabar o estado e reduzi-lo e não pagar servidores, qualquer um faz. Aí as coisas vão se acomodar pela tragédia, pela diluição das funções públicas e pelo sofrimento alheio", destacou.

"A reforma do Estado é necessária. Temos meios tecnológicos para investir e melhorar o atendimento em várias áreas. Esse investimento tem que ser feito. Outra coisa é o corte linear que está sendo feito, que não tem critério nenhum além de cumprir o receituário dos nossos credores da dívida pública", afirmou Tarso.

Lula

Questionado sobre a possibilidade de Lula ser o candidato do PT à Presidência da República, o ex-governador disse que a vontade do ex-presidente é defender seu patrimônio moral e político. Porém, foi taxativo que esse cenário pode mudar. "Nas circunstâncias que estão se criando, se o presidente Lula não for impedido judicialmente de concorrer, ele irá com vontade. E será o candidato de uma frente política de centro esquerda, com grandes chances de voltar a Presidência da República", destacou.

Correio do Povo e Rádio Guaíba