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Fachin recusa convite de Bolsonaro para reunião com embaixadores

Em ofício, TSE alega "dever de imparcialidade"

Fachin recebeu requisições da Defesa | Foto: TSE / Divulgação CP

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, recusou, nesta sexta-feira, o convite feito pelo presidente Jair Bolsonaro para participar de um encontro com embaixadores. O encontro vai discutir o processo eleitoral brasileiro e está previsto para ocorrer na segunda-feira.

A recusa de Fachin foi manifestada em ofício assinado pela chefe do cerimonial da Corte, Fernanda Jannuzzi, e alega o "dever de imparcialidade", já que o TSE julga ações de candidatos - como é o caso de Bolsonaro. O documento foi enviado para o chefe do cerimonial da Presidência da República, André Chermont.

"Incumbiu-me o senhor presidente do Tribunal Superior Eleitoral de agradecer ao honroso convite, mas, na condição de quem preside o Tribunal que julga a legalidade das ações dos pré-candidatos ou candidatos durante o pleito deste ano, o dever de imparcialidade o impede de comparecer a eventos por eles organizados", afirma o documento do TSE.

Bolsonaro tem falado sobre a reunião com embaixadores para discutir o processo eleitoral brasileiro. O presidente afirmou que vai mostrar ao corpo diplomático documentos relacionados às eleições de 2014, 2018 e 2020.

O chefe do Executivo sustenta que ganhou as eleições em primeiro turno, em 2018, mas nunca apresentou provas. Bolsonaro disse que vai mostrar uma apresentação com o objetivo de mostrar "tudo o que aconteceu" nos pleitos anteriores.

A reunião do atual ocupante do Palácio do Planalto com embaixadores é bem vista pelo vice-presidente, Hamilton Mourão. "O ministro Fachin já se reuniu com representantes da comunidade internacional e expôs a visão dele. Agora, o presidente vai expor a dele", disse.

"Acho que tudo é questão de manter bem informadas pessoas que estão aqui representando seus países e que, na maioria dos casos, tomam conhecimento dos assuntos pelo que leem. E, muitas vezes, o que você lê não representa a expressão da verdade", acrescentou Mourão.

Bolsonaro, que busca a reeleição, tem levantado suspeitas sobre o processo eleitoral brasileiro e as urnas eletrônicas e é crítico dos ministros do TSE e do Supremo Tribunal Federal (STF), principalmente, além de Fachin, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. Fachin permanece na presidência da Corte até a metade de agosto. Na sequência, o comando será de Moraes.

R7