Trata-se de uma das mais famosas e polêmicas declarações de Lennon. Ele fez a afirmação em uma entrevista ao jornal inglês The Evening Standard durante o auge da Beatlemania, a idolatria pela banda inglesa de rock. Responsável pela entrevista, a jornalista Maureen Cleave comentou a história em artigo publicado em 2005 no jornal The Telegraph.
Em 2010, 40 anos depois do fim dos Beatles, o L'Osservatore Romano, jornal oficial da Santa Sé, publicou uma reportagem elogiando o grupo. "Eles até chegaram a dizer que eram mais populares que Jesus. Mas, ouvindo suas músicas, tudo isso parece distante e insignificante", disseram Giuseppe Fiorentino e Gaetano Vallini no artigo.
A polêmica afirmação fez parte de um argumento maior do beatle. O contexto original da declaração era o seguinte: “O cristianismo vai desaparecer. Não preciso argumentar isso; estou certo e isso será provado. Somos [os Beatles] mais famosos que Jesus; eu não sei o que morrerá primeiro - o rock ou o cristianismo. Jesus era legal, mas seus discípulos eram toscos e ordinários. Para mim o que estraga tudo são eles deturpando as coisas”.
O projeto Comprova procurou no Google e no YouTube por eventuais declarações de Manuela que pudessem se assemelhar à fala de Lennon e nada encontrou.
Em nota emitida nesta sexta-feira, 5 de outubro, a coligação de Haddad e Manuela desmentiu a montagem postada no Facebook. A campanha afirma que a candidata, que se declara cristã, jamais falou tal frase. “Sou cristã e defendo e pratico o mais absoluto respeito com todas as religiões”, diz Manuela.
Publicada na manhã de quinta-feira, 4 de outubro, a postagem feita por um perfil que manifesta apoio ao candidato Jair Bolsonaro (PSL) tinha 89 mil compartilhamentos até as 15h desta sexta.
Correio do Povo