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Especial

Gonçalves Dias pede demissão do cargo de ministro do GSI

Presença do ministro no Planalto no dia dos ataques gerou desgaste; imagens mostram conversa dele com vândalos

| Foto: Ricardo Stuckert / PR / Divulgação / CP

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, pediu demissão do cargo nesta quarta-feira. A decisão foi tomada depois de imagens do circuito de segurança do Palácio do Planalto mostrarem que ele estava no prédio quando a sede do Executivo foi palco de atos de vandalismo em 8 de janeiro.

Ele teve uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outros ministros, que concordaram com a medida em meio ao desgaste gerado ao governo com a divulgação das gravações. A relação de Lula com o GSI está estremecida desde antes da posse do presidente. Ainda durante o governo de transição, o petista decidiu que a segurança pessoal dele deveria ser feita pela Polícia Federal, e não por servidores do Gabinete de Segurança Institucional. Após os ataques, o desconforto aumentou. O presidente mostrou incômodo com o fato de membros das Forças Armadas ocuparem cargos no GSI, e chegou a dizer que alguém poderia ter facilitado a entrada de extremistas ao Planalto. Segundo Lula, teria havido conivência dos militares com os vândalos.

Com a divulgação dos vídeos, o que era uma suposição virou constatação por parte do presidente. Antes, Lula achava que Dias tinha sido, no mínimo, negligente com a situação de 8 de janeiro. Agora, tem certeza de que o ex-ministro foi conivente.

As imagens revelaram que Dias teria orientado a atuação das pessoas que invadiram e depredaram o Planalto. Nos vídeos, o ex-ministro foi visto, às 16h29, sozinho no Palácio, caminhando pelo local e tentando abrir algumas portas. Depois, entra no gabinete presidencial e, em seguida, volta pelo mesmo corredor e conversa com os invasores para que deixem o prédio presidencial.

As imagens das câmeras de segurança mostram também que os extremistas receberam garrafas de água e orientações para a saída do edifício. Também é possível ver que os objetos foram entregues por militares que trabalhavam no GSI na época. Os vândalos ficaram por cerca de uma hora na porta do gabinete presidencial e não invadiram o espaço presidencial.

R7