O governador Eduardo Leite (PSDB) determinou, nesta terça-feira, em reunião com o grupo formado por dirigentes partidários e parlamentares estaduais, que a Secretaria da Fazenda atualize os cálculos relacionados às perdas decorrentes da Lei Kandir pelo Rio Grande do Sul. Ele sugeriu que o movimento suprapartidário de forças políticas realize um novo encontro para alinhar o discurso que será levado a uma missão em Brasília para encaminhar providências sobre o tema.
As deliberações ocorreram à tarde, no Palácio Piratini, em encontro que contou com a presença do presidente da Assembleia, Ernani Polo (PP), e representações de 12 partidos políticos. “Acredito que devemos realizar esta missão à Brasília, no máximo, em abril. A atualização de valores é importante para termos clareza sobre o discurso a ser adotado com relação ao que o Estado deve e tem a receber da União”, avaliou Polo, após a reunião. Ele discutirá o tema com legisladores de outros Estados, em Brasília, e buscará estabelecer uma ponte entre os dois movimentos.
Para o coordenador da mobilização gaúcha e presidente estadual do PSB, Mário Bruck, a sinalização positiva do governador para a iniciativa agrega representatividade política para que o Estado encaminhe o pleito com o máximo de esforço concentrado pelo ajuste financeiro entre a União e o RS. Ao deixar o encontro, acompanhado pelo filho e deputado estadual Tiago Simon (MDB), o ex-senador e ex-governador do Estado, Pedro Simon, elogiou a receptividade do Piratini. “Este é o caminho certo a ser seguido”, pontuou.
Por nota, o governador apontou que o tema deve envolver esforços coordenados, mas ponderou que a Kandir não deve ser vista como solução para a crise fiscal do Estado, mencionando o prosseguimento de seu plano de reformas como “lição de casa”.
Luiz Sérgio Dibe