“Acreditamos que essa tenha sido a maior crise que comprometeu o abastecimento”, disse. Em relação aos desdobramentos econômico, afirmou que o prejuízo da agricultura deverá ser sentida na economia gaúcha. “Ainda não temos como calcular porque depende da retomada, especialmente das produções. Esperamos que volte à normalidade o mais rápido possível”.
Segundo o Gabinete, foram feitas 974 chamadas, solicitadas 622 escoltas e 1.760 caminhões tiveram o apoio de escolta entre o final da semana passada até esta sexta. A prioridade foram os itens considerados fundamentais, como combustível, querosene, gás de cozinha, medicamentos e ração animal.
Segundo o comandante do Comando Militar do Sul (CMS), general do exército Geraldo Antonio Miotto, essa foi “a maior operação de logística da América Latina”. Ao destacar o tamanho do contingente, ressaltou que “o sucesso deve-se ao trabalho coordenado, com cada um fazendo a sua parte” e “que ninguém é o protagonista de nada”. Destacou que a estrutura será mantida de prontidão.
“O Exército está de prontidão. O CMS (que reúne RS, Paraná e Santa Catarina) tem 54 mil homens e mais de seis mil viaturas. Acho que é a maior transportadora do Estado. Temos tudo isso à disposição da população para manter a segurança e tranquilidade”. Ele citou ainda “atos de sabotagem”, envolvendo torres de energia em Santa Catarina, que também é área de responsabilidade do CMS.
A estrutura do Gabinete foi montada para acompanhar os problemas causados pela greve dos caminhoneiros, especialmente o abastecimento de cidades do Interior. O Gabinete, que ficou sob coordenação do vice-governador José Paulo Cairoli, reuniu representantes de departamentos e secretarias do Estado, Comando Militar do Sul (Exército), Polícia Rodoviária Federal, entre outros.
Cairoli apontou que o dia considerado mais crítico foi a terça-feira passada, quando já havia sido firmada a negociação do governo federal com os caminhoneiros, mas os focos de protestos permaneciam. Porém, com a intensificação das ações para garantir segurança nas estradas, como o corredor seguro, a circulação foi normalizando. “Na quinta-feira, já notamos que o abastecimento estava indo para a normalidade”, disse.
Mauren Xavier