O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, recebeu na manhã desta sexta-feira os ministros de Minas e Energia e da Aviação Civil, Eduardo Braga e Eliseu Padilha, respectivamente. No encontro, marcado para as 11h, no terminal 2 do Aeroporto Salgado Filho, Sartori afirmou que está trabalhando para aprovar a renovação da concessão da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE). A federalização de parte da estatal não se confirmou.
“Estamos iniciando uma série de tratativas com setor elétrico, até porque estamos ainda no TCU com pendências com relação à prorrogação da concessão das distribuidoras e a CEEE é um delas", disse Braga. No total, são 42 empresas em análise. Aqui no Rio Grande do Sul, há outras pequenas concessionarias no interior que estão na mesma situação.
"Enquanto o TCU não julgar, não temos como proceder. O grande valor agregado da CEEE é a concessão. Estamos falando de novo prazo de concessão de 30 anos que agregará valor à distribuidora da CEEE e a partir daí podemos adotar as negociações. Mas não temos nada arquitetado ou desenhado em função da decisão do TCU", concluiu o ministro.
A possibilidade da União assumir integralmente a CEEE foi adiantada nesta sexta-feira pela colunista Taline Opptiz do Correio do Povo. Assim, a empresa faria fusão com a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTE), deixando a parte de distribuição, em sua totalidade, com o governo gaúcho. Atualmente, a União administra 32% da geração e o mesmo índice de distribuição da companhia. Segundo o ministro Eduardo Braga, com a iniciativa, em 2017, os problemas de caixa da CEEE estariam sanados.
Nesta quinta-feira, Braga se reuniu, em Brasília, com o presidente da Comissão de Agricultura da Assembleia, Adolfo Brito, os senadores Ana Amélia Lemos e Eunício Oliveira, do PMDB do Ceará, e o deputado federal Luis Carlos Heinze. Na oportunidade, Brito entregou o projeto piloto do programa “Energia – A Qualidade que o Brasil Precisa”, de sua autoria, em parceria com a comissão. O projeto, nos moldes do “Luz para Todos”, prevê a reconstrução de redes ultrapassadas e a construção de novas, mono, bi e trifásicas, para atender ao Interior.
Correio do Povo