Corrêa teve mandado de prisão expedido nesta manhã na 11ª fase da Lava Jato, mas cumpre pena em regime semiaberto, em Pernambuco, pela condenação na Ação Penal 470, o Processo do Mensalão. O pedido de autorização foi remetido ao ministro Luís Roberto Barroso, responsável pela execuções penais do condenados no processo.
"Considerando que o investigado cumpre pena em virtude de condenação desse Supremo Tribunal Federal, solicito autorização para o cumprimento do mandado de prisão, bem como para a remoção de Pedro da Silva Corrêa de Oliveira Andrade Neto para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba", diz o pedido do juiz.
No despacho em que determinou a prisão, Moro disse que Pedro Corrêa é recorrente em escândalos políticos. O juiz fundamentou a ordem de prisão no risco à ordem pública e disse que há indícios que o ex-deputado continuou recebendo propina do esquema de desvios da Petrobras, mesmo durante o julgamento da Ação Penal do Mensalão, no STF.
Segundo Moro, a conduta de Corrêa mostra "desprezo" às leis e ao Supremo. "A prova do recebimento de propina mesmo durante o processamento da Ação Penal 470 reforça os indícios de profissionalismo e habitualidade na prática do crime, recomendando, mais uma vez, a prisão para prevenir risco à ordem pública.", disse Moro.
A defesa de Corrêa afirmou que não vai se manifestar até tomar conhecimento das acusações.
Agência Brasil