A estimativa da Polícia Militar, às 17h15, era de 500 pessoas. Às 17h50min, no entanto, um grande grupo de militantes ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra chegou ao museu.
Rodrigo Rodrigues, secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal (CUT-DF) defende um trabalho mais abrangente do Congresso e que as discussões sobre o impeachment fiquem em segundo plano. "Esse é um ato em defesa da democracia, contra o golpismo e o fascismo que está explodindo no país. Estamos defendendo a mudança de discurso no Congresso, que pare de discutir só o golpe e que encaminhe avanços nos direitos da classe trabalhadora", disse. O servidor público Pedro Rodrigues, 50, acha que Lula está sofrendo uma “injustiça”. “O que me trouxe aqui foi ver a injustiça que está sendo feita com o companheiro Lula. Não estão dando direito de defesa para ele”.
O ato desta sexta-feira ocorre após a nomeação de Lula à Casa Civil, o que gerou uma onda de protestos por todo o país. No mesmo dia, o juiz Federal Sérgio Moro divulgou uma série de conversas telefônicas, grampeadas pela Polícia Federal, que revelam conversas de Lula com a presidenta, ministros e correligionários.
Os episódios, no entanto, não diminuíram a fé dos manifestantes pró-governo em Lula. Pedro de Alcântara, servidor público, 69, disse que veio para a rua defender a democracia e questiona a integridade política da oposição no Congresso. "Acho que temos que defender a democracia e contra o impeachment, que não vai resolver. Quem está errado tem que pagar, mas do lado de lá, sabemos o que eles fazem", disse.
Para Alcântara, se houver provas de que Lula cometeu algum crime, que a justiça seja feita. "Sobre o Lula eu tenho dúvidas (se ele é culpado de algum crime), se ele tiver culpa, que se apure, que venha à tona".
Agência Brasil