Em um dia marcado tanto pela aprovação da PEC do teto quanto por diversos protestos contra o governo em Porto Alegre e outros pontos do país, manifestantes saíram em passeata pelas ruas centrais da Capital no início da noite desta terça-feira. O grupo, com mascarados à frente, leva cartazes defendendo direitos de trabalhadores e estudantes.
O grupo concentrou-se na Esquina Democrática e, por volta das 19h20min, saíram em marcha, primeiramente pela avenida Júlio de Castilhos. Depois, eles retornaram pela rua Dr. Flores em direção à avenida Salgado Filho. No trajeto, alguns dos integrantes da manifestação quebraram fachadas de prédios de bancos. O prédio da CEEE, na avenida Borges de Medeiros, também sofreu depredações.
Agências bancárias são depredadas @RdGuaibaOficial pic.twitter.com/BZJTnTM4cK
— Camila Diesel (@camiladiesel) 13 de dezembro de 2016
Confronto com a BM
Os manifestantes entraram em confronto com a Brigada Militar. A confusão ocorreu quando o grupo tentava se aproximar do Palácio Piratini. Na rua Riachuelo, homens da Batalhão de Choque da BM utilizaram bombas de gás para dispersar o grupo. O acesso para a Praça da Matriz foi bloqueado pelos policiais.
Após a confusão com a BM, o grupo seguiu em direção a Cidade Baixa gritando palavras de ordem. "Trabalhador, presta atenção. são 20 anos sem saúde e educação", era uma dos gritos dos manifestantes que também carregam faixas contra o governador José Ivo Sartori.
Na tarde desta terça-feira, servidores públicos de várias entidades do Rio Grande do Sul protestaram em frente ao Palácio Piratini e Assembleia Legislativa. A manifestação contou com forte presença de representantes da Polícia Civil. O grupo queimou um boneco com a imagem do governador José Ivo Sartori e derrubou gradis de segurança. A Tropa de Choque da Brigada Militar chegou a afastar manifestantes, mas após conversa com lideranças recuou.
Para o dia da votação do pacote de Sartori na AL, os organizadores do protesto garantiram um contingente "dez vezes maior" de pessoas que o de hoje. Do carro de som, um dos manifestantes chegou a pregar a "invasão" da casa legislativa contra a aprovação.
Correio do Povo e Rádio Guaíba