A marcha contra a proposta de Reforma da Previdência acabou reunindo, nesta sexta-feira, centenas de pessoas na Esquina Democrática. A mobilização começou no fim da tarde, na região central de Porto Alegre, contestando o texto do governo federal que tramita na Câmara dos Deputados e prevê, entre outras questões, mudança nos tempos de contribuição para aposentadoria.
Durante a manifestação, organizada por centrais sindicais, movimentos sociais e partidos de esquerda, os discursos estiveram focados em críticas ao governo Bolsonaro e seus ministros. Entre os alvos principais estava o Chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Além do governo, o mercado também foi alvo de críticas dos manifestantes. Entre eles estavam pelo menos três deputados federais. Henrique Fontana (PT), Maria do Rosário (PT) e Fernanda Melchiona (PSol).
Fontana se mostrava confiante na reprovação da reforma. Na avaliação dele, os últimos movimentos do governo federal, especialmente a briga com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ), apontam pra a derrota do governo. Fontana afirma que “muito poucos deputados sobem à tribuna para defender a reforma, e os que o fazem já descem falando em mudar o texto.”
Para o deputado petista, a reforma “subiu no telhado”, principalmente pelo texto ser de difícil defesa diante da população, o que coloca os parlamentares em uma posição delicada perante o eleitor. No caminhão de som, os discursos foram no caminho de convocar uma greve geral. Para os manifestantes, essa é a forma de pressionar os parlamentares e o governo para que o texto não seja aprovado.
Após as fala na Esquina Democrática, o grupo iniciou uma caminhada pela Avenida Borges de Medeiros por volta das 19h40min. O protesto encerrou no Largo Zumbi dos Palmares.
Eduardo Amaral