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"Meu discurso causou a morte de uma pessoa?", questiona Bolsonaro sobre petista assassinado

Chefe do Executivo tem sido criticado por incitar seus apoiadores à violência; petista foi morto a tiros no Paraná

| Foto: Alan Santos / CP Memória

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a comentar, neste sábado (16), o assassinato do ex-tesoureiro do PT Marcelo Arruda e criticou as declarações de que o seu discurso incita seus apoiadores à violência.

"Na política, não é diferente. Um lado sempre quer culpar o chefe do outro lado. 'Olha, os discursos dele levaram à morte daquela pessoa em Foz do Iguaçu'. Ora, meu Deus do céu. O meu discurso causou a morte de uma pessoa? Uma briga estúpida, sem razão", questionou Bolsonaro.

"Mas, em 2016, tivemos 61 mil mortes violentas no Brasil, a maioria por arma de fogo. No ano passado, no meu governo, passaram para 40 mil. Menos 20 mil mortes. Quem está no caminho certo? Quem está mentindo?", prosseguiu.

As declarações foram dadas por Bolsonaro durante um culto realizado em Natal. O presidente participou de eventos religiosos na capital do Rio Grande do Norte e em Fortaleza, no Ceará. A previsão de retorno é às 19h40, com chegada a Brasília às 22h.

Marcelo Arruda foi morto a tiros pelo policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, apoiador de Bolsonaro. O crime ocorreu enquanto o petista comemorava o aniversário com uma festa cujo tema era o PT. O suspeito foi indiciado por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe.

Na última sexta-feira (15), o ministro Alexandre de Moraes deu ao presidente dois dias para se manifestar sobre uma petição protocolada pela oposição que diz que ele incita a violência política.

O pedido de investigação sobre o presidente foi apresentado pelo PT e por 13 deputados federais. O documento afirma que Bolsonaro, nas lives e redes sociais, ameaça as instituições e o processo eleitoral, com apologia do crime, abolição violenta do Estado democrático de Direito e violência política, além de citar o caso que envolve Arruda.

A ministra Rosa Weber encaminhou o pedido à PGR (Procuradoria-Geral da República). Moraes, como presidente em exercício do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), solicitou a "prévia manifestação" de Bolsonaro. O chefe do Executivo compartilhou nas redes sociais uma imagem com a notícia e ironizou o pedido. "Manifesto que sou contra", escreveu.

Sobre a morte de Marcelo Arruda, a avaliação da polícia é que não houve motivação política, segundo a delegada Camila Cecconello. Isso porque, para se enquadrar nesse tipo de crime, um dos requisitos seria a existência de interesse por parte do autor em impedir o exercício dos direitos políticos da vítima.

"Não sabemos dizer se ele tinha a intenção de efetuar os disparos. Avaliamos que a escalada da discussão entre os dois fez o autor voltar e efetuar os disparos", disse a delegada. Ambas as armas, a do petista e a do bolsonarista, foram recolhidas e encaminhadas para perícia.

O bolsonarista também foi alvo de disparos de arma de fogo e foi internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital. Desde a internação, não houve comunicado sobre o estado de saúde do suspeito. 

R7