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Ministro descarta avaliar desempenho da oposição nos protestos

Edinho Silva disse que governo continuará lidando com as manifestações "como fato natural"

Edinho: não cabe ao governo avaliar desempenho da oposição nos protestos | Foto: Valter Campanato / Agência Brasil / CP
O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, reafirmou nesta segunda-feira, após a reunião da coordenação política, que o governo tem lidado com as manifestações "como fato natural dentro do regime democrático" e que reconhece a importância dos protestos desse domingo. "O governo seguirá trabalhando, construindo a agenda. E que as medidas econômicas tomadas criem condições de, em curto espaço de tempo, retomar o projeto que reelegeu a presidente Dilma", disse.

Sobre a participação da oposição nas manifestações, Edinho disse que "quem tem que fazer o balanço da oposição é a própria. Nós convivemos naturalmente com a oposição e não há problemas de ter oposição articulada", disse. "Vamos enxergar o interesse nacional", completou, antes de reafirmar que os protestos foram importantes, independente do número de participantes, que segundo ele houve um recuo em relação às manifestações ocorridas no primeiro semestre. O ministro, porém, não concorda com a agenda colocada nas ruas sob o ponto de vista ideológico.

Para Edinho, é importante que brasileiros e o empresariado acreditem no Brasil, apesar das condições de dificuldades. "Vivemos num País que tem todas as condições de superação", disse o ministro, antes de retomar a questão das manifestações. Segundo ele, a presidente Dilma é vinculada ao sentimento democrático e a reação dela é "de uma mulher que acredita e doou os melhores anos da juventude à democracia. Ela acredita na democracia, investe no diálogo e as manifestações são do regime democrático", afirmou.

Edinho Silva afirmou também ter respeito pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e que a entidade tem todo o direito de se manifestar. Nesse domingo, o presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado Coêlho, cobrou que a presidente Dilma Rousseff pedisse "desculpas ao Brasil" por ter apresentado uma realidade econômica "inexistente" no período de campanha eleitoral.

"Se trabalhar para manter o emprego do País, para manter a renda da população mais marginalizada historicamente, a manutenção de programas sociais, é um equivoco, então que se constate o equívoco", disse. "Temos muito respeito pela OAB, pelo presidente da OAB e a manifestação será ouvida e tratada com muito respeito", afirmou Edinho.

O ministro considerou que Dilma trabalhou muito para que empregos e salários fossem mantidos e disse que ela seguirá a agenda com viagens e diálogo com a sociedade e entidades empresariais. Contudo, admitiu que há um clima de "intolerância política", e que o momento é difícil. "O espírito de intolerância, manipulado em parte pela oposição, é a antítese da democracia", completou o deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, afirmando que os projetos contra corrupção encaminhados ao Congresso serão votados porque o combate à corrupção "é uma política de Estado".

Edinho Silva admitiu que há um clima de pessimismo no País, mas espera que a quebra desse paradigma, com as ações do governo, ajudem na retomada do crescimento econômico. "O Brasil está fazendo a lição de casa para retomar o crescimento, para que a economia, já na virada do ano, tenha sinais de retomada, pela força do mercado interno", disse. "Se quebramos o ambiente de pessimismo que se instaurou, se o povo e o empresariado acreditarem no Brasil, isso facilitará, e muito", completou o ministro.

Para Edinho, apesar de o boletim Focus do Banco Central (BC) mostrar uma recessão também para 2016, as projeções para o Brasil são mais otimistas do que de outros países. Ainda sobre economia, o líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), disse que fará uma "grande negociação" para a votação, prevista para esta semana, do projeto que muda a correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pelo índice da inflação, que nos últimos anos tem sido maior que o atual índice.

AE