person Entrar

Capa

Notíciasarrow_rightarrow_drop_down

Esportesarrow_rightarrow_drop_down

Arte & Agendaarrow_rightarrow_drop_down

Blogsarrow_rightarrow_drop_down

Jornal com Tecnologia

Viva Bemarrow_rightarrow_drop_down

Verão

Especial

Movimento em Defesa da Democracia marcha contra impeachment de Dilma

Entidades acompanharam em Porto Alegre marchas em defesa da democracia por todo o Brasil

Entidades acompanharam em Porto Alegre marchas em defesa da democracia por todo o Brasil | Foto: Alina Souza
Preocupados com o quadro político instalado no país e o avanço de pautas conservadoras no Congresso Nacional, dezenas de entidades lançaram, nesta quinta-feira, o Movimento em Defesa da Democracia e dos Direitos Sociais. O objetivo da ação instaurada por Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul (MPT-RS), Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Nacional dos Estudantes (UNE) e Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da IV Região (Amatra IV), é reafirmar a defesa da democracia e dos direitos sociais, bem como impedir retrocessos nos direitos do trabalhador. Também foi defendida a manutenção do governo Dilma Rousseff, para evitar crise contra a democracia.

O lançamento foi simbolizado pela assinatura da Carta de Porto Alegre, em que as entidades conclamam por medidas contra o ataque aos direitos sociais e defendem um processo eleitoral transparente e livre de interferências econômicas. Atos similares foram realizados em todo o Brasil. Para o presidente do CTB-RS, Guiomar Vidor, o momento é histórico. “Reunir instituições representando os trabalhadores, estudantes e movimentos populares neste momento de crise tem um significado muito grande. Vamos tornar pública a posição da sociedade civil organizada que quer a defesa da democracia”, afirmou. “Que sejam buscadas soluções, mas dentro dos pilares da democracia da sociedade brasileira para que o país possa continuar crescendo e os direitos dos trabalhadores sejam preservados”.

Segundo um dos coordenadores do movimento, o procurador do Trabalho do MPT-RS, Ricardo Garcia, a partir da união firmada será possível aperfeiçoar direitos já constituídos. “Temos hoje uma Constituição Federal que garante direitos fundamentais e não podemos ver retroceder essa condição. O nosso papel é manter a liberdade e aperfeiçoar esses direitos”, salientou.

A discussão que será proposta pelo movimento deve atingir todas as classes sociais. “Estamos alertando a sociedade sobre o valor da democracia e esse golpismo que as pessoas estão querendo insinuar. Vamos debater no campo e na cidade, envolvendo todos, porque para os trabalhadores a democracia é um movimento muito importante”, afirmou o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.

Marcha nas ruas


Uma caminhada que terminou com um ato político na Esquina Democrática, no centro da Capital, também marcou o dia escolhido para as manifestações a favor da permanência de Dilma Rousseff no poder. Dezenas de representantes de entidades sindicais se reuniram com políticos e magistrados, após o lançamento do Movimento em Defesa da Democracia e dos Direitos Sociais, e foram às ruas. A Brigada Militar contabilizou aproximadamente 600 pessoas presentes no ato.

Com faixas e cartazes os manifestantes gritavam “Não vai ter golpe, vai ter luta”, fazendo alusão ao impeachment da presidente da república que vem sendo pedido recentemente em manifestações por todo o país. Os integrantes do ato também se voltaram contra a Lei das Terceirizações e o presidente da Câmara Eduardo Cunha, que será denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção.

Olívio Dutra também apoiou as manifestações. “Todo o movimento social popular que defende o processo democrático é importante. Eu vivi 20 anos de ditadura e convivi com pessoas que sabem o que é interromper o processo democrático. Tem que haver mais controle do povo sobre os três poderes”, defendeu.

Jézica Bruno