person Entrar

Capa

Notíciasarrow_rightarrow_drop_down

Esportesarrow_rightarrow_drop_down

Arte & Agendaarrow_rightarrow_drop_down

Blogsarrow_rightarrow_drop_down

Jornal com Tecnologia

Viva Bemarrow_rightarrow_drop_down

Verão

Especial

"Não caio nesse discurso de que a reforma vai acabar com todos os problemas do Brasil", diz Ramos

Presidente da Comissão Especial fez críticas duras ao sistema de capitalização proposto pela gestão de Bolsonaro

Marcelo Ramos fez duras críticas ao projeto de Reforma da Previdência elaborado pelo governo | Foto: Pablo Valadares / Câmara dos Deputados / CP

As resistências na Câmara dos Deputados ao projeto da Reforma da Previdência elaborado pelo governo e o protagonismo que o bloco conhecido como centrão vem adquirindo nos debates ficaram evidentes na manhã desta segunda-feira, durante audiência pública em Porto Alegre da Comissão Especial da Câmara que analisa o texto. Na audiência, realizada na Assembleia Legislativa, o presidente da Comissão Especial, deputado Marcelo Ramos (PL/AM), voltou a fazer críticas duras ao sistema de capitalização puro proposto pelo governo, ao qual chamou de absurdo, e disse que não cai no discurso de que a reforma é a solução para todos os problemas do país. O deputado praticamente descartou alterações nas aposentadorias rurais, no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e nas de professores.

O partido de Ramos, o PL (ex-PR), integra o centrão e apresentou uma emenda global substitutiva ao texto original. O PDT, na oposição, também apresentou um substitutivo global. Na prática, as emendas são uma espécie de novos textos.

A uma plateia, formada majoritariamente por pequenos agricultores e sindicalistas, que a cada minuto entoava o bordão "Um, dois, três, quatro, cinco mil, ou param a reforma ou paramos o Brasil", Ramos garantiu que o país não pode adotar uma obrigação compulsória para um regime de capitalização privado. "O Estado não pode me obrigar a contribuir com um regime privado de capitalização. Defendo repartição que garanta o benefício para todos, que se garanta um colchão de repartição solidária, e a partir de um determinado patamar, a capitalização", disse. 

Ele ressalvou, contudo, que o país precisa fazer alguma reforma previdenciária. "Reconheço que esta ou outra proposta é um passo fundamental para que a gente possa começar a equilibrar as contas públicas, e dar início a um novo período de desenvolvimento econômico, que não será imediato", avisou. 

Em suas manifestações, os representantes de sindicatos e entidades rebateram principalmente a capitalização, a desconstitucionalização, os novos cálculos previstos para recebimento de benefícios e as regras de transição, além das mudanças previstas no BPC e nas aposentadorias rurais.

Flavia Bemfica