“O erro foi não termos votado mesmo sem a garantia de ganhar porque, assim, não obrigamos os indecisos a se posicionarem”, disse. “A derrota seria péssima, mas acho que a pequena chance de vitória que existia, valia o risco”, afirmou o ministro em um café da manhã com jornalistas.
De acordo com ele, nas contas do governo faltavam cerca de 50 votos para que a reforma fosse aprovada e haviam 100 deputados indecisos. “Eu defendi a votação da proposta mas fui voto vencido. Os líderes partidários decidiram assim”, contou.
Marun, porém, minimizou a questão e afirmou que o mérito do governo Temer em relação a esta questão foi ter colocado a necessidade de uma reforma no setor na pauta política do País. “A discussão é nacional. Hoje você vai em um bar e fala sobre a reforma da Previdência e ela só vai sair da pauta quando for votada”, afirmou. “Vejo hoje um maior reconhecimento das pessoas em relação a sua necessidade”, avaliou.
Para Marun, o próximo governo, de Jair Bolsonaro, deveria colocar a matéria em votação já no início do ano legislativo. ”Eu vejo um certo e necessário empenho do próximo governo em aprová-la.”
Já a maior vitória de Michel Temer na avaliação de Marun, foi a aprovação do teto de gastos públicos. “Isso foi o caminho para a recuperação econômica do País. Um governo nunca colocou limite para os seus próprios gastos”, avaliou.
Agência Brasil