Em meio a queimadas na Amazônia, ao aumento no desmatamento da floresta e às críticas à gestão do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o NOVO – que o lançou como deputado federal em São Paulo nas últimas eleições – emitiu nota nesta quinta-feira dizendo que o titular da pasta não representa o partido. "Não foi uma indicação do NOVO. O ministro foi escolhido e responde ao presidente Jair Bolsonaro. Não há qualquer interferência ou participação do partido na gestão do Ministério do Meio Ambiente. O ministro não mantém nenhum contato com o partido quanto aos seus planos, metas e objetivos para a pasta. Só temos conhecimento das suas ações quando divulgadas publicamente", diz nota compartilhada nas redes socias.
Salles é um dos 47.739 filiados ao NOVO, e de acordo com a sigla, "não participa de nenhuma atividade partidária e nem exerce qualquer cargo dentro do partido". "O Diretório Nacional do NOVO emitiu, em 31/05/2019, uma resolução determinando que qualquer filiado que venha a participar em um cargo público relevante em qualquer instância de governo, quando não for indicado pelo NOVO, deverá solicitar a suspensão da sua filiação". A resolução, seguindo a lei, não tem efeito retroativo. Logo, não se aplica ao ministro"
Além disso, o partido comenta que qualquer eventual sanção a um filiado do NOVO está prevista, e deve seguir rigorosamente o que está estabelecido no Estatuto. O Conselho de Ética Partidária, um órgão colegiado e independente, conforme a legenda, apto a receber de seus filiados eventuais processos por descumprimento do Estatuto.
"Os mandatários do NOVO no legislativo e executivo têm atuado com equilíbrio, diálogo e baseado suas políticas públicas e propostas em dados, fatos e evidências. Esta é a postura que esperamos de todos os membros do atual governo, em especial daqueles que são filiados ao NOVO, como o ministro Ricardo Salles", finaliza.
Correio do Povo