O secretário-chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, e o líder do governo na Assembleia Legislativa, Frederico Antunes (PP), reuniram-se, na noite desta segunda-feira, para avaliar as respostas do Executivo sobre as possíveis mudanças ao pacote de reforma estrutural. O encontro a portas fechadas, na Casa Civil, no Palácio Piratini, começou com atraso, por volta das 18h30min, e durou pouco mais de uma hora, quando foram repassados os ajustes.
A expectativa é que nesta terça-feira as reuniões sejam mais definitivas entre os deputados da base aliada, sobre como se dará a convocação extraordinária da Assembleia Legislativa, uma vez que o governo precisa encaminhar o pedido até amanhã, assim como quais projetos estarão em condições de votação. A reunião derradeira será a partir das 14h, na Assembleia, entre o líder do governo e as bancadas. “O governo concordou em fazer as adequações em quase todas as propostas. Ainda há alguns detalhes que precisam ser melhor detalhados, o que vai ocorrer na reunião desta terça-feira”, avaliou o líder do governo, após deixar o Piratini, sem detalhar quais os projetos que deverão compor a pauta. “Prefiro que essa manifestação ocorra depois de todos os encontros”, ressaltou.
Um foco de atenção dos articuladores do governo é a bancada do MDB. Com oito deputados, os emedebistas fizeram uma série de pedidos para apoiar as propostas. Entre as condições, estava que a proposta de Emenda à Constituição (PEC) fosse votada primeiro na convocação. Os parlamentares apresentaram ainda uma sugestão, que, se aceita, se tornará uma emenda, alterando um artigo do texto do governo. Também há posição dos deputados do MDB para mudança na alíquota do projeto de previdência dos militares. Eles querem alinhar o texto do Executivo ao projeto aprovado pelo governo federal. Sobre o posicionamento em relação ao pacote, a bancada irá manifestar-se após o encontro com Antunes.
Mauren Xavier