Em documento encaminhado, nesta quarta-feira, ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal (PF) solicitou que os autos do processo que apura irregularidades no Partido Progressista (PP) fiquem com a corporação até o fim do mês de novembro. A solicitação ocorre, de acordo com a corporação, por causa do depoimento marcado do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira para o dia 29, às 11h.
“Dessa forma, respeitosamente, solicito a Vossa Excelência autorização para que os autos do referido INQ 4736 possam permanecer na Polícia Federal, até a data da oitiva já agendada com a defesa do investigado”, diz o documento, obtido pelo R7 Planalto.
A corporação informa a ministra Rosa Weber, relatora do inquérito na Suprema Corte, de que já ouviu Edinho Silva, prefeito de Araraquara, município do interior paulista, que também é investigado. Após o depoimento do ministro da Casa Civil, o órgão pretende apresentar o relatório final.
Inquérito
O inquérito apura suposto recebimento de vantagens indevidas pelo PP, partido de Nogueira, para apoiar a reeleição de Dilma Rousseff (PT) em 2014 e não agir contra a ex-presidente no processo de impeachment instaurado no Congresso Nacional.
O pedido de instauração de inquérito é baseado na colaboração premiada de empresários do Grupo J&F. De acordo com a PGR (Procuradoria-Geral da República), Nogueira teria recebido pagamento de dinheiro ilícito em duas situações. Em uma delas, o valor teria sido de R$ 42 milhões.
O R7 entrou em contato com a Casa-Civil, mas não obteve retorno até a atualização mais recente deste texto.
Mariana Londres, do R7