“Esse comportamento recentemente ampliado no ambiente da política não se restringe somente aos agentes políticos, mas percorre amplamente a sociedade. Vejo isso com muita preocupação”, declarou.
A manifestação do magistrado ocorreu durante o IV Curso de Direito Eleitoral para Juízes Eleitorais, que prosseguirá até sábado, em Santa Cruz do Sul, para debater as regras e novidades provenientes da última mini-reforma eleitoral.
Ao analisar o excesso da judicialização na política, Santos condenou aquilo que qualifica como “terceiro turno”. “Não discuto a legitimidade dos pedidos de impeachment presidencial, nem se há embasamento jurídico. Isso não é minha competência. Porém, a onda de pedidos representa exagero da parte de quem não respeita o resultado das eleições e este tensionamento social é algo extremamente arriscado para a democracia”, definiu.
Para ele, seguramente haverá impacto, oriundo desse modelo de comportamento, nas próximas eleições. “Vai levar ao acirramento do clima eleitoral, conduzindo a disputa a termos que nem sempre serão construtivos. Podemos fazer uma ideia do que virá pelo que temos visto nas redes sociais, onde as pessoas dissipam mais agressões do que ideias.”
Correio do Povo