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Especial

Pressão para saída de Araújo aumenta com carta de prefeitos

Nota divulgada pela FNP classifica as ações do ministro das Relações Exteriores de "trapalhadas e destrutivas"

Ernesto Araújo durante audiência pública no Senado | Foto: TV Senado / Reprodução / CP

A Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) divulgou carta pedindo ao governo federal que demita o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em função do seu "leque diverso de trapalhadas e atitudes destrutivas" e para que o Brasil "reverta a política externa desastrosa que vem adotando". As críticas à atuação de Araújo se intensificaram nos últimos dias após senadores, durante sessão de debate na última quarta-feira, terem pedido sua saída. O chanceler foi questionado enquanto falava das dificuldades enfrentadas pelo Brasil para a compra de vacinas contra a Covid-19.

"O cenário de enfrentamento à pandemia da Covid-19 tomou contornos catastróficos no país. O desenho de tragédia está estabelecido, há insuficiência de doses de vacinas, aumento incontrolado de novas variantes do vírus, falta de leitos, escassez de oxigênio e medicamentos, além de uma diplomacia que tem cometido repetidos desatinos, em um momento no qual o apoio internacional é indispensável", diz a carta da FNP.

"O Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, já apresentou um leque diverso de trapalhadas e atitudes destrutivas. Agora, veio à tona sua postura contrária ao ingresso do Brasil no consórcio global Covax Facility, que entregou um milhão de doses de vacina AstraZeneca/Oxford em 21 de março e ainda deverá entregar outras 41 milhões", acrescenta o documento.

Para os prefeitos, é urgente "a necessidade de medidas tempestivas para tentar recuperar a imagem do país no exterior". Caso isso não seja feito, o país pode comprometer, ainda mais, "a inescapável e urgente aquisição de vacinas contra o coronavírus".

A situação ficou ainda mais insustentável após o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, durante sessão no Senado, fazer um gesto que os parlamentares consideraram ofensivo. O gesto teria conexão com supremacistas brancos. Ele nega dizendo que estava ajustando terno.

Veja a carta na integra:

A POSTURA DIPLOMÁTICA BRASILEIRA COMPROMETE O ENFRENTAMENTO À PANDEMIA

O cenário de enfrentamento à pandemia da COVID-19 tomou contornos catastróficos no país. O desenho de tragédia está estabelecido, há insuficiência de doses de vacinas, aumento incontrolado de novas variantes do vírus, falta de leitos, escassez de oxigênio e medicamentos, além de uma diplomacia que tem cometido repetidos desatinos, em um momento no qual o apoio internacional é indispensável.

O Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, já apresentou um leque diverso de trapalhadas e atitudes destrutivas. Agora, veio à tona sua postura contrária ao ingresso do Brasil no consórcio global Covax Facility, que entregou um milhão de doses de vacina AstraZeneca/Oxford em 21 de março e ainda deverá entregar outras 41 milhões.

Forçoso destacar que o país poderia ter optado, neste arranjo multilateral liderado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), pela compra de 168 milhões de doses, quatro vezes mais do que o contratado. Ocorre que neste momento de pandemia não há espaço para o que vem sendo relevado desde a posse do atual Ministro.

Diante disso, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) registra sua apreensão e preocupação com esse contexto. Clama, portanto, para que o governo federal assuma sua responsabilidade, substitua o Ministro e reverta a política externa desastrosa que vem adotando.

É premente a necessidade de medidas tempestivas para tentar recuperar a imagem do país no exterior, sob pena de comprometer, ainda mais, a inescapável e urgente aquisição de vacinas contra o coronavírus.

Brasília, 26 de março de 2021.
Frente Nacional de Prefeitos

R7