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Privatização da Carris é uma necessidade, diz Sebastião Melo

Empresa é responsável pelo transporte de 141 mil pessoas diariamente em Porto Alegre

Gestão do ex-prefeito Nelson Marchezan adquiriu 98 novos ônibus, que ainda estão sendo pagos | Foto: Guilherme Almeida

"Não é papel da prefeitura de Porto Alegre ter uma empresa pública de ônibus. O nosso papel é ter saúde e segurança pública. A Carris é uma empresa de 149 anos que custa 21% mais do que qualquer consórcio privado da cidade. Nos últimos dez anos, foram aportados mais de R$ 500 milhões para transportar apenas 22,8% dos passageiros da cidade". A avaliação foi feita pelo prefeito Sebastião Melo, que participou da assembleia geral virtual da Companhia Carris Porto-Alegrense nesta quarta-feira.

Segundo ele, a privatização da empresa é necessária porque com o dinheiro a prefeitura vai destinar para creches, operação tapa buraco, poda de árvore e questão social. "Esse dinheiro que é do Caixa Único vai servir para outras atividades e para melhorar a vida da cidade e das pessoas", acrescentou.

Melo afirmou que vai encaminhar em 30 dias o pedido de autorização para alienar a Carris. Conforme Melo, não há outro caminho que não seja a privatização da empresa. No mês de março, quando participou da reunião do Tá na Mesa da Federasul, o prefeito falou que a alternativa para a Carris seria buscar a privatização. A proposta vai depender do projeto que o Executivo municipal vai encaminhar para a Câmara de Vereadores.

A Carris transporta cerca 22% dos passageiros de Porto Alegre e opera as chamadas linhas transversais, fazendo longos trajetos que atravessam a cidade. O passivo trabalhista da empresa, segundo a prefeitura, é de aproximadamente R$ 18 milhões e o custo do quilômetro rodado é mais caro do que o gasto das empresas privadas.

Na gestão do ex-prefeito Nelson Marchezan Júnior, uma auditoria foi realizada, apresentando soluções em termos de saneamento das contas e manutenção da Carris sob a gestão pública e, eventualmente, transferindo o controle para a iniciativa privada. Na gestão do secretário de Mobilidade Urbana, Luiz Fernando Záchia, um novo estudo sobre a empresa pública está em andamento.

A liquidação da Carris resultaria na venda do terreno localizado na rua Albion, no bairro Partenon, na zona Leste de Porto Alegre, cujo valor estimado é de R$ 36 milhões. Além disso, o valor da frota está em avaliação. A Carris ainda está pagando os 98 novos carros adquiridos no governo do ex-prefeito Nelson Marchezan Júnior.

As linhas da companhia, em caso de liquidação, seriam licitadas para as empresas privadas que operam na Capital. O projeto de privatização da Carris vem sendo elaborado pela secretária municipal de Parcerias, Ana Pellini, e pelo secretário Luiz Fernando Záchia.

A Carris é responsável pelo atendimento de 22,44% dos passageiros de transporte coletivo da Capital, o que totaliza 141 mil pessoas transportadas diariamente, nas 24 linhas operadas pela empresa que percorrem 52 mil quilômetros, em 2,7 mil viagens.

Cláudio Isaías