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Verão

Especial

Relator do PL das Fake News diz que entidade reguladora não tratará de conteúdo

Orlando Silva chama de "narrativa" ideia de censura por entidade pública e acredita que fatiamento do texto facilita votação de temas centrais

| Foto: Joaquim Moura / Divulgação / CP

O relator do Projeto de Lei 2630, o PL das Fake News, deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), afirmou que a entidade reguladora, principal impasse para a aprovação do texto, não será responsável pelos conteúdos publicados em redes sociais, rechaçando o que chama de "narrativa" daquela que são contrários à matéria. 

"A entidade reguladora não tratará de conteúdos, quem tratará são as plataformas, com parâmetros explícitos. Queremos romper com a omissão das big techs. É narrativa dizer que haver uma entidade pública vai censurar", afirmou antes de participar de audiência pública sobre o projeto, na Assembleia Legislativa, em Porto alegre. 

Orlando Silva disse que as grandes empresas reivindicam "imunidade", sem preocupar-se com a propagação de conteúdo nocivo, falso, ou ilegal, visando unicamente o engajamento. O deputado federal diz que big techs se valem de uma particularidade brasileira, que é o uso político da religião, afirmando ser falso o discurso que haverá cerceamento à liberdade religiosa, lembrando que ela está prevista na Constituição e será defendida.  

Na próxima semana, a OAB Nacional apresentará em reunião com Silva uma proposta de criação de autarquia para regular e fiscalizar as regras em caso de aprovação do PL, tirando a incumbência inicialmente prevista para a Anatel. "Esse mecanismo de regulação é algo desafiador."

Fatiamento do PL

Além disso, o relator disse que o "fatiamento" do texto, com os dois artigos referentes aos direitos autorais, pode facilitar a aprovação do PL. 

"Destacar dois de 62 não inviabiliza e nem enfraquece. Acho engraçado o termo fatiamento. Em São Paulo, costumamos comer pizzas em fatias simétricas. Duas de 62 não haveria uma simetria. Retirar temas controversos pode facilitar a votação de temas centrais", enfatizou. 

Silva acredita que na próxima semana possa ser apreciado na Câmara o texto que encamparia os artigos 31 e 32, que tratam de direitos autorais. 

Ajuste fino

O deputado disse ainda que o texto principal passa por um "ajuste fino", mas evita falar em data para que vá à votação, que depende do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e de líderes da Casa, limitando-se a projetar uma versão final do relatório em duas semanas. 

A audiência pública, promovida pelos deputados estaduais Miguel Rossetto (PT) e Bruna Rodrigues (PCdoB), e pela deputada federal Fernanda Melchionna (PSol), foi realizada no plenarinho da Assembleia Legislativa. O ex-deputado federal Henrique Fontana também compôs a mesa do ato.

Felipe Nabinger