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Especial

Relatoria destaca 11 contradições de secretária Mayra na CPI da Covid

Equipe de checagem montada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) aponta contradições de Mayra Pinheiro em depoimento

Mayra Pinheiro presta depoimento à CPI da Covid nesta terça-feira | Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado/CP

A relatoria da CPI da Covid elencou 11 contradições da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, a partir do depoimento que ela presta à CPI da Covid nesta terça-feira. O depoimento ainda não terminou, mas a equipe de checagem rápida do senador Renan Calheiros (MDB-AL) já destacou as mais de dez contradições. 

As contradições, segundo a relatoria, estão nos temas: tratamento precoce, mediamentos para covid, pesquisas, cloroquina, Tratcov, OMS e Conitec, população pediátrica, isolamento, comando do Ministério da Saúde, Manaus e oxigênio para Manaus. 

Veja abaixo o levantamento: 

1) Tratamento precoce  

Mayra: Utilizado por profissionais médicos de todo os mundo, que oferecem assim que feito o diagnóstico.

Checagem: Não há qualquer dado a esse respeito, sobretudo após a recomendação da OMS em sentido contrário ao uso de cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina.

2) Medicamentos para Covid

Mayra: Notas Orientativas do Ministério da Saúdo, nº 9 e nº 17 apenas recomendam.

Checagem: O documento “Plano Manaus”, assinado pelo Ministro Pazuello, diz textualmente que deve incentivar o tratamento precoce. O aplicativo TRATECOV, por sua vez, indica expressamente o tratamento. A depoente, em ofício encaminhado à Secretaria de Saúde considera inadmissível não usar a cloroquina e demais remédios.

3) Pesquisas na área da infectologia

Mayra: Não levou, enquanto secretária, informações ou experiências a respeito de estudos, pesquisas e publicações na área de infectologia.

Checagem: Ao longo de todo o depoimento relembra suas experiências, pesquisas e informações.

4) Cloroquina

Mayra: Assevera ser antiviral. Mantém a orientação para uso de Cloroquina e Hidroxicloroquina. 

Checagem: A Cloroquina não é um antiviral nem um anti-inflamatório, e sim um antimalárico, utilizado em casos de malária, que é um protozoário, não um vírus. OMS e Conitec recomendam não utilizar os medicamentos, porque inócuos ao tratamento.

5) TRATCOV

Mayra: A plataforma foi retirada do ar porque foi hackeada e dados teriam sido irregularmente alterados.

Checagem: Ela mesma se contradisse, e contradisse Pazzuelo, ao afirmar que a plataforma foi retirada do ar, APENAS, para fins de investigação, sem que tenha havido deturpação (como declarou Pazzuelo) ou alteração (como ela mesma disse) da plataforma.

6) OMS e CONITEC

Mayra: Levou em consideração os estudos e declarações a respeito do uso de cloroquina e hidroxicloroquina.

Checagem: Usou e recomendou o uso, porque, segundo suas próprias declarações contraditórias, as recomendações da OMS e CONITEC foram baseados em estudos com qualidade metodológica questionáveis.

7) População pediátrica

Mayra: Declara que 37,5% da população pediátrica tem menos chance de contrair a doença. E que todas deveriam ter continuado estudando presencialmente.

Checagem: Desconsidera que, em todas as escolas, há presença de adultos. E, para piorar, não apresenta percentual de transmissão, de crianças para adultos.

8) Isolamento

Mayra: Afirma que o isolamento causou mais pânico na cidade, atrapalhou a evolução natural da doença e impediu o efeito rebanho de imunização.

Checagem: Contradisse sua declaração ao ser perguntada se teria conhecimento, recebido estudo técnico ou análise dessa tese e de seu impacto sobre a saúde pública, afirmando que NÃO RECEBEU. Também afirmou que tal tese nunca foi cogitada pelo Ministério da saúde e que desconhece qualquer médico que defendesse igual teoria.

9) Comando do M.S.

Mayra: Declarou continuidade dos trabalhos desde a gestão Mandetta.

Checagem: Contradisse sua afirmação ao afirmar os diferentes ministros adotaram decisões diversas porque as necessidades quanto à pandemia teriam mudado ao longo do tempo.

10) Manaus

Mayra: Afirma que conhecia previamente a situação e as características do sistema de saúde de Manaus, que já havia experimentado um colapso em abril e maio de 2020. 

Checagem: Há clara contradição quando declara que, somente esteve em Manaus entre 3 e 5 de janeiro, quando tomou ciência da realidade ali apresentada. E, declara também que só se deslocou a Manaus em 3/1/21, para providências pertinentes, por ordem do Ministro Pazzuelo.

11) Oxigênio em Manaus

Mayra: Seria impossível prever a quantidade de oxigênio a ser usada e a consequente falta do fornecimento.  

Checagem: Contradição com o que afirmou ao Ministério Público Federal: “é possível realizar esse cálculo a partir do prognóstico de hospitalizações, pois se estima a quantidade de insumo a partir do número de internados.

R7