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Verão

Especial

“Respeito o STF e o Congresso, mas tenho opinião”, afirma Bolsonaro

Presidente disse que espera que essa seja a última semana de quarentena

Bolsonaro negou a intenção de fechar os dois expoentes do Poder Judiciário e Legislativo | Foto: Dida Sampaio / Estadão Conteúdo / CP

Na manhã seguinte em que discursou em ato que pedia intervenção militar, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que respeita o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional, mas “tem opinião”. Demonstrando preocupação com a economia, com o desemprego e a “falta de alimentos na geladeira do povo”, Bolsonaro negou a intenção de fechar os dois expoentes do Poder Judiciário e Legislativo, após um militante gritar para ele tomar a atitude. Ao afirmar que integrantes do governo têm que seguir as diretrizes que ele propõe devem trocar de barco, acabou sendo interrompido pelo cidadão.

“Feche o Supremo e o...”, gritou um apoiador. “Sem essa conversa de fechar. Aqui não tem que fechar nada, dá licença aí! Aqui é democracia, aqui é respeito à Constituição Brasileira. E aqui é minha casa e é a tua casa. Então, peço, por favor, que não se fale isso aqui. Supremo aberto, transparente. Congresso aberto e transparente (...). Respeito o Supremo e o Congresso, mas tenho opinião”, afirmou o presidente.

Ao ser questionado sobre os pedidos de um novo Ato Institucional Número Cinco (AI-5), dezessete grandes decretos emitidos pela ditadura militar nos anos que se seguiram ao golpe de estado de 1964, Bolsonaro pediu “liberdade de expressão".

“O AI-5 o pessoal pede desde 68. (...) Eu falei que ia responder e não quero papo com vocês (jornalistas). Todo e qualquer movimento tem infiltrados e tem gente que tem a sua liberdade de expressão. Respeitem a liberdade de expressão. No meu discurso de dois minutos, não falei nada contra qualquer outro poder, muito pelo contrário. O povo quer voltar ao trabalho. (...) o que depender do presidente Jair Bolsonaro, democracia e liberdade acima de tudo”, declarou o chefe do Executivo.

Na saída da residência oficial do Palácio da Alvorada, logo que chegou ao local reservado aos jornalistas, o presidente afirmou “quem vai falar sou eu, que não quiser ouvir, está dispensado”. Na sequência, revelou as preocupações que vem tendo com a pandemia da Covid-19 no Brasil.  

“Vou tratar de dois problemas simultaneamente: o vírus e o desemprego. A situação econômica está se agravando. Cada ponto percentual do desemprego ou da queda dos índices econômico as consequências são a violência, o caos, são mortes, fome, desgraça e tudo que está aí. Tudo que é feito com excesso. Essas medidas restritivas em alguns estados, foram excessivas e não atingiram seu objetivo. Aproximadamente 70% da população será contaminada. Não dá para fugir disso”, declarou.

"Última semana de quarentena"

O presidente também rogou para que o isolamento social termine nesta semana e que, mesmo com mais de 2,4 mil mortes, os trabalhadores voltem aos seus empregos com normalidade. “Dá para recuperar o Brasil ainda. Eu espero que essa seja a última semana dessa quarentena, dessa maneira de combater o vírus, todo mundo em casa. A massa não tem como ficar em casa, porque a geladeira está vazia", afirmou.

Correio do Povo