O líder do governo na Câmara, o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) voltou a cobrar na Justiça a antecipação de uma data para ser interrogado na CPI da Covid, do Senado Federal. "Mais uma vez pedi ao STF (Supremo Tribunal Federal) que marque meu depoimento na CPI ainda nesta semana. Meu nome já foi citado 96 vezes", lamentou em seu Twitter.
A comissão até definiu uma data provisória de quando ele seria ouvido, na próxima terça-feira, dia 20 de julho, mas como o dia coincide com o recesso parlamentar do Senado, não há certeza de que ocorrerá a sessão.
Ricardo Barros foi citado pela primeira vez na CPI pelo deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) durante o depoimento em que ele e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde, Luís Ricardo, denunciaram irregularidades na negociação de compra da vacina indiana Covaxin.
Mais uma vez pedi ao STF que marque meu depoimento na CPI ainda nesta semana. Meu nome já foi citado 96 vezes. Cancelaram minha ida no dia 08 sem justificativa. Não estou tendo direito à defesa. Desde o início me coloquei à disposição. https://t.co/UbYrHt1jFj
— Ricardo Barros (@RicardoBarrosPP) July 12, 2021
Na ocasião, Luís Miranda afirmou que ao informar o presidente Jair Bolsonaro sobre detalhes estranhos do negócio, o chefe do Executivo teria falado "isso é coisa do Ricardo Barros". Na semana passada, ao ser questionado sobre a data em que o deputado seria ouvido, o vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) declarou que Barros seria ouvido "no momento oportuno" e comentou que era para ele ter paciência que sua hora logo chegaria.
Desde então o líder do governo, por meio dos senadores governistas da comissão, insiste que quer falar o quanto antes. A data chegou a ser definida, para o dia 8 de julho, mas acabou sendo adiada por causa de outro escândalo que atropelou a agenda da comissão: o caso da Davati e do suposto pedido de propina do Ministério da Saúde após oferta de 400 milhões de doses da AstraZeneca.
Após a citação a seu nome na CPI, Ricardo Barros negou ter qualquer relação com esse acordo. “Não participei de nenhuma negociação em relação a compra das vacinas Covaxin. Não sou esse parlamentar citado. A investigação provará isso”, escreveu em suas redes sociais.
R7