O oposicionista qualifica o parcelamento dos salários e a ausência de Sartori como “um ato contrário ao servidor e ao povo gaúcho”. Zimmermann acredita que o retorno da atividade legislativa será marcado pelo enfrentamento entre as forças de governo e oposição. “Haverá movimentos na estrutura das forças. Uma coisa é ser fiel na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). É diferente de aumentar impostos. A sociedade não aceita essa solução. Vamos ver o descolamento dessa base”, analisa Zimmermann.
Integrante da base, o líder do PDT, Enio Bacci, aponta o descontentamento do aliado detentor de oito assentos no parlamento. “A gente tinha uma ideia de que a crise era grande, mas também tínhamos a expectativa de que viriam soluções para saúde e segurança, o que não aconteceu. Parece que o governo está tateando no escuro, cometendo excessos.”
Segundo o pedetista, o governo errou quando anunciou, em maio, com quase um mês de antecedência, que atrasaria salários e não o fez. Isso criou uma situação ruim. “Desta vez, optou por avisar em cima do laço, sem apresentar números convincentes, surpreendendo a base e até mesmo os parlamentares do partido do próprio governador”, lamenta Bacci. O aliado considera que a forma como ocorreu a decisão de Sartori acentua o ambiente de incerteza. “Esse tipo de ação não deixa os aliados tranquilos. Há muitas dúvida na base”, alerta.
Luiz Sérgio Dibe