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Verão

Especial

Senadores gaúchos reconhecem dificuldades nas eleições deste ano

Luiz Carlos Heinze (PP) e Paulo Paim (PT) avaliam como possível o adiamento do pleito previsto para outubro em função da pandemia

Os senadores gaúchos Luiz Carlos Heinze (PP) e Paulo Paim (PT) admitiram ontem que a possibilidade de adiamento das eleições municipais deve começar e ser considerada pelas autoridades judiciárias e governamentais em decorrência da pandemia do novo coronavírus. O tema deverá ser discutido em sessão virtual do Senado, que ocorre hoje, a partir das 14h. Ambos trabalham de casa e aprovaram os testes para a realização da atividade parlamentar a distância durante as medidas preventivas ao novo coronavírus.

“Já estão ocorrendo articulações no sentido de repensar as eleições. Existem dois fatores fundamentais e legais que precisamos observar: o remanejo do orçamento e a revisão do calendário eleitoral”, explica Heinze. O senador do PP diz considerar muito difícil a viabilidade de manter a organização partidária e o planejamento de candidaturas e campanhas diante da situação excepcional que o país terá de enfrentar nos próximos meses. “Em condições normais, eu estaria visitando de oito a 10 municípios por semana. Ficou impossível”, lamenta.

Paulo Paim (PT) ressalta não haver problemas em discutir o adiamento das eleições. “Se o enfrentamento a esta doença nos mantiver mais tempo isolados, não haverá condição de um processo eleitoral em sua plenitude. A prioridade deve ser a preservação da saúde e dos meios de sobrevivência da população, pois a vida prosseguirá após esta crise e o Brasil precisará de todos. As eleições poderão muito bem acontecer no início do ano que vem”, pondera.

Os dois senadores concordam que os efeitos da crise na economia serão inevitáveis e os esforços devem ser no sentido de minimizar esses impactos. “Estamos discutindo também a possibilidade de redirecionamento dos fundos Partidário e Eleitoral para a Saúde”, revela Luiz Carlos Heinze.

“Será uma situação muito difícil nos campos econômico, social e até político. Há tendência de aumento do desemprego. Empresas precisarão de suporte e trabalhadores precisarão de proteção”, comenta Paim. Ele defenderá, nos debates previstos para hoje, que governo e Congresso deverão liderar a criação de entendimento entre empresários e trabalhadores. “O governo e o Parlamento têm a missão de fazer esse meio-campo. Pensar em renda mínima, liberação do FGTS, redução da taxa de juros para acesso ao crédito. Caso contrário, teremos uma convulsão social”, analisa.

 

Luiz Sérgio Dibe