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Especial

Servidores públicos organizam mobilização nesta terça-feira

Representantes de 46 categorias do serviço público federal podem entrar em greve se não forem contemplados com reajuste salarial

| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil / CP

Os servidores públicos federais de 46 categorias organizam nesta terça-feira (18) uma mobilização com indicativo de greve caso o Ministério da Economia não inclua todos na previsão de reajuste salarial em 2022. Além dos servidores do Distrito Federal, os de Pernambuco, da Bahia, do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina pretendem aderir à paralisação. O governo reservou R$ 1,7 bilhão para contemplar apenas policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários.

Após o anúncio de reajuste para policiais feito em dezembro pelo governo, os servidores da Receita Federal iniciaram a entrega coletiva de cargos. As fiscalizações aduaneiras nas fronteiras também foram paralisadas, o que gerou transtornos e filas de caminhões. Além disso, foi suspenso o serviço de emissão de certificação de operadores econômicos. 

Atos de servidores federais

Integrantes do Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais), vão se reunir nesta terça-feira, a partir das 10h, em frente ao Banco Central, e às 14h em frente ao Ministério da Economia, para reivindicar os reajustes.

Segundo o diretor do Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), Davi Lobão, os servidores tiveram uma perda salarial maior que os 19,99% solicitados na reinvindicação de reajuste a ser entregue. No entanto, considerando o momento emergencial, somente será solicitado o reajuste de acordo com a inflação acumulada dos três anos de governo Bolsonaro, período onde não houve nenhum reajuste. 

O diretor de Relações Intersindicais do SINAIT (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho), Marco Aurélio Gonsalves, argumentou que os Auditores-Fiscais do Trabalho também não têm recomposição salarial desde 2019. 

Uma plenária nacional dos servidores públicos federais foi agendada para o dia 27 de janeiro seguida de um novo ato em Brasília, em 2 de fevereiro, por ocasião do fim do recesso do Legislativo e do Judiciário. Eles podem entrar em estado de greve a partir de 14 de fevereiro. 

Sem garantia de reajuste

O presidente Jair Bolsonaro afirmou em 8 de janeiro que o reajuste prometido no fim de 2021 para os servidores públicos não está garantido. Ele havia prometido reajuste para todos os servidores neste ano em que disputa a reeleição. "Reajuste seria de 3%, 4%, 5%, 2%, que seja de 1%", disse o presidente, em dezembro. "Servidor, em grande parte, merece isso", completou. 

Em meio à adesão em massa dos servidores públicos federais ao movimento de operação-padrão e entrega de cargos comissionados no governo com ameaças de greve, Bolsonaro pediu "sensibilidade" ao funcionalismo e reafirmou que não há espaço no Orçamento.

Recuo e traição

Diante da insatisfação generalizada de servidores públicos de outras categorias, um possível recuo de Bolsonaro em relação à reposição salarial prometida para policiais federais e policiais rodoviários federais, já preocupa líderes de associações que representam a categoria. Segundo eles, milhares de policiais podem ir às ruas para criticar uma "falta de compromisso" do chefe do Executivo.

O Orçamento tem uma reserva de R$ 1,7 bilhão para a concessão de reajustes em 2022. O montante é insuficiente para atender até mesmo à reestruturação dos salários da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e agentes penitenciários, as três carreiras para as quais o presidente acenou com o reajuste.

O presidente da FenaPRF (Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais), Dovercino Neto, afirmou que Bolsonaro "trairá" a categoria caso recue. Segundo ele, desde o primeiro ano do governo o presidente fala em reestruturação da Polícia Rodoviária Federal, mas não cumpre as promessas. 

R7