O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), demitiu o major da reserva do Exército Angelo Martins Denicoli do cargo de assessor especial da Companhia de Processamento de Dados de São Paulo (Prodesp).
O militar é um dos alvos da Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal na semana passada, que apura suposta tentativa de golpe de Estado.
A exoneração ocorreu na segunda-feira passada, 12. De acordo com as investigações, o major integrava o 'núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral' - o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República, e o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres também são apontados pelos investigadores como membros desse núcleo. Denicoli teria contribuído na produção, divulgação e amplificação de notícias falsas.
O major da reserva está proibido de sair do País e também de manter contato com os demais investigados na operação, de acordo com decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes autorizou a ofensiva da PF. Até a publicação deste texto, a defesa de Denicoli não havia sido localizada pela reportagem.
Estadão Conteúdo