Em nota emitida pela assessoria de imprensa do Palácio Piratini, o governo diz que "a defesa do piso corrigido pelo INPC visa a diferenciar o que é atualização da base salarial com base na inflação do que é aumento salarial real". E reforça dizendo que "aumento salarial real é uma prerrogativa da negociação dos Estados e não pode ser determinado pela União sem que haja repasse de recursos para o seu cumprimento", conforme o texto.
A presidente do Cpers-Sindicato, Rejane de Oliveira, disse que há motivos para preocupações com a postura do governo. Segundo Rejane, além de se unir a adversários tradicionais, o governador ainda age como a gestão anterior que criticava. "Ao recorrer à Justiça, (Tarso Genro) faz exatamente como a ex-governadora Yeda Crusius, sendo que Tarso, na campanha, ainda teria prometido retirar a ação do antigo governo e jamais promover questionamentos jurídicos sobre o pagamento do piso. O governador não está reconhecendo a própria assinatura em uma lei criada por ele", argumentou Rejane.
Conforme a lei do piso, de 2008, o reajuste com base o índice do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), que no último ano foi de 22%, deve ser concedido a partir de janeiro.
Voltaire Porto / Rádio Guaíba