"O presidente pode destituir o líder do governo, mas do PMDB não. O PMDB não é um departamento do Executivo, não é um subproduto do governo. É um partido político que, coincidentemente, tem um filiado na presidência da República", afirmou Renan na tribuna.
Dezessete dos 22 senadores que compõem a bancada do partido estiveram com Temer no Planalto. Renan e outros aliados preferiram não comparecer. O tema da destituição de Renan foi puxado por Romero Jucá, que afirmou que não cabia mais na bancada essa postura contrária ao governo e às reformas estruturantes.
Outros senadores endossaram o posicionamento de Jucá. Na reunião, eles relataram incômodo com o comportamento de Renan, que tem criticado diretamente Temer e articulado para derrubar os projetos do governo. De outro lado, um grupo mais próximo do líder teria saído em sua defesa.
A conversa desencadeou a ira de Renan, que foi à tribuna despejar críticas sob Temer. Ele alegou que a ala da bancada que discorda do governo é tão representativa numericamente quanto ao grupo que o apoia.
Em resposta, Jucá foi taxativo: "Ninguém está autorizado a subir na tribuna para dizer que o PMDB não apoia o presidente Michel Temer. Eu sou o presidente do PMDB e eu me reuni com a maioria da bancada hoje. A posição individual não pode superar a decisão coletiva".
Além de Jucá, outros peemedebistas foram orientados nesta quarta-feira a prestar apoio a Temer. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (CE), voltou da reunião afirmando que a bancada do PMDB expressou "apoio irrestrito" ao presidente.
O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) também foi à tribuna para elogiar o governo e dizer que os 17 senadores que estiveram no Planalto apoiavam o presidente.
AE