Depois de sobrevoar Fortaleza conflagrada por tropas amotinadas, o ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro disse, na manhã desta segunda, que é preciso "colocar a cabeça no lugar". "Pensar o que é necessário daqui em diante para solucionarmos essa crise específica, para os policiais poderem voltar a realizar o seu trabalho. Esse é o ponto", disse Moro, que chegou à capital cearense acompanhado do ministro da Defesa Fernando Azevedo e do chefe da Advocacia-Geral da União, André Mendonça.
Desde a deflagração do movimento paredista, o Ceará registrou 127 assassinatos. O motim teve início por falta de acordo dos PMs com o governo do Estado quanto à reestruturação salarial. Nesta segunda de carnaval, Moro afirmou, já durante entrevista coletiva na sede do Palácio da Abolição, sede do governo estadual, que o "governo federal veio para permitir que o governo (estadual) possa resolver essa situação sem que nesse lapso temporal a população fique desprotegida". Ele declarou ainda que "nosso trabalho é exclusivamente garantir proteção da população diante dessa paralisação. O envio (das forças federais) é para garantir a tranquilidade e a segurança da população".
Indagado sobre uma eventual reintegração de posse dos quartéis tomados por soldados rebelados, o ministro da Justiça disse: "Viemos aqui para serenar os ânimos e não para acirrá-los. O governo federal veio aqui para substituir essa ausência das polícias. Serenar é importante."
Estrategicamente, Moro enfatizou a importância dos PMs nas ruas. "Os policiais, no país inteiro, são profissionais dedicados que arriscam, muitas vezes, a sua vida pela vida de outro, proteção, seja pela incolumidade da vida ou do patrimônio do outro. São profissionais que devem ser valorizados. É momento de pensar em servir e proteger, serenar os ânimos", destacou.
#GLO | Comitiva Interministerial composta pelos ministros da @DefesaGovBr, da @JusticaGovBR e da @AdvocaciaGeral chega a Fortaleza - CE para acompanhar Operação de Garantia da Lei e da Ordem. pic.twitter.com/wUwFbM1LBN
— Ministério da Defesa (@DefesaGovBr) February 24, 2020
AE