O processo de impeachment sofrido por Dilma era o principal argumento para as impugnações. De acordo com os pedidos, a ex-presidente deveria ser considerada inapta para assumir cargos públicos por oito anos em razão do impedimento - após a destituição de Dilma ser determinada, porém, o Senado decidiu não cassar seus direitos políticos.
Dilma ser determinada, porém, o Senado decidiu não cassar seus direitos políticos. O partido Novo de Minas Gerais e Danielle Dytz da Cunha, filha do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, estavam entre os que protocolaram a impugnação da candidatura de Dilma para senadora. No voto, o desembargador Pedro Bernardes afirmou que concordava com a tese de que o Senado, ao ter aprovado o impeachment da ex-presidente, não deveria ter deixado de declarar a inabilitação para o exercício de cargos eletivos.
No entanto, no entendimento do desembargador, não cabia ao TRE discutir as ações do Legislativo. "Tenho que a Justiça Eleitoral, em sede de requerimento de registro de candidatura, não tem competência para discutir o acerto ou o desacerto da decisão dos senadores da República", afirmou o presidente do TRE-MG ao declarar o voto de desempate.
A ex-presidente comemorou o deferimento na conta dela no Twitter.
A decisão do TRE de Minas Gerais sobre a legalidade da minha candidatura faz justiça a mim. Sempre confiei na Justiça. — Dilma Rousseff (@dilmabr) September 17, 2018
A ex-presidente lidera as pesquisas de intenção de voto na disputa ao Senado. No Ibope divulgado em 12 de setembro, ela tem 28% e está 16 pontos porcentuais à frente do segundo colocado, o jornalista Carlos Viana (PHS).