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Verão

Especial

Vereadores apresentam sugestões para crise no transporte público de Porto Alegre

Número de isenções e possibilidade de desobrigação da presença dos cobradores deverão entrar na pauta da Câmara

Promessa de campanha, Melo defende uma repactuação do contrato de 2015 com as empresas de ônibus da Capital | Foto: Guilherme Almeida

A crise no transporte público de Porto Alegre tem gerado debates entre os setores que administram a cidade. Recentemente, o secretário de Mobilidade Urbana, Luiz Fernando Záchia, defendeu a taxação do transporte por aplicativo como uma das medidas para socorrer o sistema de ônibus – proposta apresentada pela gestão anteiror, de Nelson Marchezan Júnior (PSDB), e que foi rechaçada pela Câmara. Contudo, o atual prefeito Sebastião Melo (MDB) descartou a ideia, defendendo uma repactuação do contrato de 2015 com as empresas de ônibus da Capital.

A situação, pressionada pela proximidade da data do reajuste da tarifa, pautou o “Esfera Pública” desta quinta-feira, onde vereadores da Capital propuseram sugestões para lidar com problema. 

O vereador Ramiro Rosário (PSDB), do mesmo partido do ex-prefeito, vê uma grande crise no setor: “O sistema de transporte público de Porto Alegre e de outras cidades está falido, não apenas as empresas mas também o modelo”. Rosário afirmou que é preciso avaliar outras medidas que não envolvem somente o transporte, como um novo plano diretor para a cidade, uma vez que a população dos bairros mais afastados precisa se deslocar, diariamente, em longas viagens, que são as mais caras ao transporte público, até os bairros centrais. Outra alternativa para a diminuição no preço da passagem que terá o apoio do vereador é a retirada, de forma gradual, dos cobradores de ônibus.

Já a vereadora Mônica Leal (PP), em entrevista, é contrária à ideia. “Qual vai ser a alternativa para esses profissionais e para as pessoas que precisam do auxílio dado por eles?”, questionou. “A função do cobrador é dar atenção ao usuário, não é só sobre cobrar as passagens. Ele auxilia todo o transporte”, complementou a parlamentar. Para a vereadora, cabe ao Executivo a tomada de atitudes concretas para remodelar o sistema e garantir o seu funcionamento. Entre as sugestões, defendeu tratar das isenções a partir de um corte de renda. “A isenção de passagens para jovens que podem pagar não pode continuar”, pregou. 

Em relação às isenções, a vereadora Bruna Ribeiro (PCdoB) defendeu a contribuição do Ministério da Educação nas passagens dos estudantes. Para ela, é preciso que haja um olhar atento aos usários. “Quem é o nosso usuário? Quais são as suas reivindicações?”, questionou. Para Bruna, a presença dos aplicativos são uma alternativa à população, principalmente em relação a má qualidade do serviço de transporte público prestado. “Só uma repactuação num sentido mais amplo da cidade pode trazer um desfecho positivo. Só o Judiciário e o Executivo não dão conta. Eles precisam levar em consideração o conjunto da cidade, os usuários”, finalizou. 

Intervenção do judiciário

Na semana passada, a prefeitura solicitou uma nova rodada de negociações com os representantes das concessionárias, desta vez com o acompanhamento do Ministério Público Estadual e do Tribunal de Contas do Estado. O objetivo da reunião é adequar a prestação do serviço de transporte, que opera sob contrato de concessão firmado a partir de licitação realizada em 2015. A proposta anterior apresentada pelo Executivo não obteve os termos do documento integralmente aprovados pelos empresários, assim, o Município pediu reunião em caráter de urgência para abrir o debate junto ao Judiciário.

*Sob supervisão de Tiago Medina

 

Flávia Simões*