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Vieira da Cunha aponta negociações emperradas sem condições de reajuste ao magistério

Cpers terá reunião com representantes da secretaria da Fazenda e ameaça com paralisação

Cpers terá reunião com representantes da secretaria da Fazenda e ameaça com paralisação se não houver avanços | Foto: Fabiano do Amaral/CP Memória
Mesmo com o magistério em estado de greve há mais de dez dias, o governo estadual ainda não acenou com a possibilidade de reabrir o diálogo com a categoria. No dia da assembleia geral, que reuniu 3 mil professores, a Casa Civil se comprometeu com a abertura de uma mesa de negociações. As tratativas, porém, seguem paradas, conforme admitiu, nesta terça-feira,  o secretário da Educação, Vieira da Cunha. Ele reconheceu que há uma exigência do Cpers para dar largada às discussões, e foi enfático em informar que não há espaço financeiro para concessão de reajustes.

“Primeiro, o Cpers quer a presença de representantes da Fazenda na mesa de negociação. Eu acho justo e aguardamos esta resposta para começar a conversa. O meu diálogo é permanente junto à categoria, estando à disposição a qualquer hora, mas os professores querem a Fazenda. Compreendo a reivindicação do piso, ocorre que o Estado está vivendo uma situação financeira que nos impede de conceder qualquer reajuste salarial. Se o Rio Grande do Sul não consegue pagar em dia sua folha de pagamento, está claro que não há como darmos aumento”, enfatizou.

A vice-presidente do Cpers, Solange Carvalho, alertou que, além do secretário da Fazenda, o titular da Administração também deve participar da mesa de negociações e rebateu as afirmações de Vieira da Cunha. “Se ele está dizendo que não há como dar aumento porque o governo aceita uma mesa de negociação? Então, deste modo, nem precisa este movimento. Por isso, queremos estabelecer contato com o secretário da Fazenda, já que o da Educação sempre alega que não pode dar aumento porque a Fazenda é quem emperra”, avaliou.

Os professores exigem o cumprimento do piso nacional do magistério. Para isso, querem uma reposição de 69,44%, que corrija a defasagem salarial. A categoria admite ser flexível para negociar um calendário que parcele esse índice. Caso não haja avanços, a possibilidade é de greve geral, por tempo indeterminado, a partir de abril. De outro lado, o governo vê a categoria desmobilizada e estima que grande parte do magistério não tenha interesse na paralisação.

Voltaire Porto / Rádio Guaíba