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Especial

1º Fórum Nacional de Febre Aftosa debate participação do setor privado no Plano Estratégico do Pnefa

Evento está previsto para ocorrer a cada dois anos

Primeiro Fórum do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa ocorreu na Expointer | Foto: Carolina Greiwe / Seplag / Divulgação / CP

Semana que vem o Rio Grande do Sul recebe a auditoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que vai analisar a mudança do status sanitário do Estado com relação a obrigatoriedade de vacinação contra a febre aftosa.

Com a presença de representantes de todos os estados brasileiros, o assunto foi apenas um dos que foram discutidos pelos cinco blocos que integram o Plano Estratégico 2017-2026 do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa), durante o 1º Fórum Nacional de Febre Aftosa, que lotou o auditório central do Parque de Exposições Assis Brasil, neste sexta-feira, na Expointer.

O tema principal do evento foi a participação do setor privado na implantação, execução e gestão do Plano Estratégico do Pnefa. Iniciado em 2017, ele tem o objetivo de criar e manter condições sustentáveis para garantir o status do Brasil como livre da febre aftosa e ampliar as zonas livres da doença sem vacinação.

De acordo com o médico veterinário e diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA) da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, Geraldo Matos de Morais, o evento está previsto para ocorrer a cada dois anos. “Esse foi o primeiro desde o lançamento do plano estratégico em 2017. O objetivo é avaliar até onde conseguimos avançar, discutir um pouco mais com a comunidade envolvida, trocar sugestões e experiências”, frisou. 

A chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, veterinária Rosane Collares, explicou que a importância dos fundos privados para apoio às atividades da defesa sanitária animal estiveram em evidência. “O foco foi fortalecer essas parcerias entre entes públicos e os fundos. Nós temos uma parceria fenomenal com o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), mas isso não ocorre em todo Brasil. Tem alguns que ainda precisam amadurecer.” 

Para o presidente do fundo, Rogério Kerber, que falou sobre os desafios do Pnefa e a parceria com os setor privado, o setor produtivo é protagonista do processo. “Quando falamos em sanidade, estamos falando em animais, então a primeira ação é devida por nós do setor produtivo”, afirmou. “Dentro desta linha, usamos nosso espaço para mostrar o que vem sendo feito para estimular a participação do produtor no sistema de defesa”.

Kerber disse que o trabalho é fundamental para ver a evolução de tudo o que é feito. “O Brasil teve em 2018 o reconhecimento de todo território como área livre de febre aftosa com vacinação, com exceção de Santa Catarina, que já é livre sem vacinação”, frisou. 

Rio Grande do Sul sem vacinação

Ao término dos eventos do 1º Fórum Nacional, foi apresentado um vídeo animado que tem o objetivo de conscientizar o produtor sobre a importância de notificar suspeitas de enfermidades ao serviço veterinário oficial. Conforme Rosane, esse foi o lançamento da campanha para mobilização para fomentar a atenção do pecuarista para quando não houver mais a obrigatoriedade da vacina contra a febre aftosa. “A vigilância precisa ficar alerta”, expressou. 

A avaliação do Mapa ocorre na próxima semana, de 2 a 6 de setembro, e emitirá um parecer sobre o serviço veterinário estadual em diversos itens. Eles variam desde os recursos humanos, físicos e financeiros, até  autoridade, capacidade técnica e operacional e interação com as partes interessadas - comunidade, médicos veterinários e instituições -, além da capacidade de certificação sanitária.

A previsão para o relatório preliminar é de 60 dias após a auditoria. “O Mapa exige para retirar a vacina uma nota 4, sendo que 5 é a excelência. Nós estamos bem mobilizados.”

Na última avaliação, em 2017, foram feitas 32 recomendações pelo Mapa. “Fizemos um plano de ação que é referência no Brasil. Trabalhamos e desmembramos em 63 ações, colocamos mais para contemplar os itens. Temos uma expectativa grande, já que a resposta vai dizer se adotamos o caminho certo.” O plano de ação tem pouco mais de um ano de trabalho.

O presidente do Fundesa está otimista. Em sua visão, a avaliação será positiva. Conforme ele, o setor que de imediato teria benefícios, seria o da suinocultura. “O volume de exportação de carne é alto e tem potencial de aumentar. Se o Estado conseguir sentar na mesa com países com Japão, Coreia do Sul, Filipinas, Chil  outros, vejo um futuro promissor”, comemorou.

Um dos principais destino das carnes, em geral, é a China, porém o Brasil só pode exportar para lá carne sem osso, por ser área livre com vacinação. “Se resolver isso passamos a ter acesso pleno aquele mercado.”

Franceli Stefani