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China abre mercado aos lácteos brasileiros

Resultado da negociação foi considerado ‘ótimo’ pela ministra Kátia Abreu

China abre mercado aos lácteos brasileiros | Foto: JM Alvarenga / CP Memória
A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, anunciou nessa quarta que a China abriu, pela primeira vez, mercado para a importação de produtos lácteos brasileiros. “Depois de propormos uma remodelagem do nosso certificado e fazermos algumas alterações, tivemos essa ótima notícia por parte da China”, disse a ministra, destacando que a negociação se prolongava desde 1996. A partir de agora, as indústrias interessadas em exportar leite em pó e outros derivados ao país asiático já podem pedir habilitação. Kátia informou que irá à China em outubro para chancelar a troca comercial.

A China é o maior comprador de lácteos do mundo, com importações de 6,4 bilhões de dólares, equivalentes a 14% dos 47 bilhões de dólares comercializados no ano passado. Segundo o Ministério da Agricultura (Mapa), os embarques de lácteos para a China poderão representar incremento de 45 milhões de dólares ao ano na pauta brasileira. Em 2014, o Brasil exportou 345 milhões de dólares, ou 83 mil toneladas em derivados do leite, sendo que o leite em pó corresponde a 60% dos produtos enviados ao exterior. Os embarques tiveram como principais destinos a Venezuela, Argélia, Arábia Saudita, Angola e Egito.

O setor lácteo gaúcho comemorou o anúncio. “Abre melhores condições para expansão da produção”, avalia o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, sobre a possibilidade de exportar para a China. Ele destaca que esse era um pleito antigo do setor, importante para manter a competitividade com outros estados. “A China tem boas intenções e potencial de compra. É uma excelente notícia”, comemora o presidente do Instituto Gaúcho do Leite (IGL), Gilberto Piccinini. O dirigente considera que há oportunidade de exportar, também, soro em pó. Com 4,8 bilhões de litros de leite ao ano, o Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor do país, responsável por 13% da produção nacional, de 36 bilhões de litros.

Há dois meses, o governo anunciou que a lista de laticínios habilitados a exportar para a Rússia foi ampliada com mais 13 empresas, chegando a 26. O país euroasiático é o segundo maior importador do mundo. Em 2014, o mercado russo fez compras equivalentes a 3,4 bilhões de dólares ou 7% de tudo que foi comercializado em lácteos. “Abrimos os dois maiores mercados mundiais de produtos lácteos”, ressaltou a secretária de Relações Internacionais do Mapa, Tatiana Palermo. Das 13 novas plantas habilitadas para a Rússia, três são gaúchas: CCGL, de Cruz Alta, Cosuel, de Lajeado, e Lactalis, de Teutônia. O setor acredita que todas têm condições de serem habilitadas para exportar à China.

As liberações para a Rússia resultaram de visita da ministra Kátia Abreu a Moscou, em julho. Neste fim de semana, a titular da pasta retorna àquele país em missão oficial do vice-presidente da República, Michel Temer.

Correio do Povo