O plantio do arroz agroecológico envolve 472 famílias associadas à Cootap. A expectativa de colheita do grão para esta safra é de 450 mil sacas em aproximadamente 4.700 hectares, o que dá uma produtividade média de 96 sacas por hectare. Na lavoura convencional, segundo a Conab, a produtividade média chega a 146 sacas por hectare. O cultivo agroecológico corresponde a menos de 0,5% do total das lavouras arrozeiras do Estado.
Conforme o técnico-geral do Grupo Gestor do Arroz, Celso Alves da Silva, uma das vantagens do arroz agroecológico é que o uso da tecnologia no manejo está aumentando a produtividade e a renda do agricultor. “Toda a produção de arroz é beneficiada e os subprodutos são usados na pecuária”, destaca. Outras vantagens são um grão diferenciado, com agregação de valor, e a aquisição do produto por programas governamentais.
Ao explicar a diferença entre os cultivos, Silva diz que o arroz convencional utiliza insumos químicos antes e depois da colheita e também para controle do capim arroz e do arroz vermelho, prejudiciais às lavouras. Já o agroecológico é cultivado com técnicas ecológicas, que dispensam produtos químicos e controlam plantas indesejadas pelo manejo da água.
De acordo com Silva, o custo da lavoura convencional é maior devido à aplicação do veneno, ao aluguel de terras e à assessoria. O preço pago nesta semana pela saca de 50 quilos chegou a R$ 37 pelo arroz convencional e a R$ 40 pelo agroecológico, informou o técnico.
Correio do Povo