Com uma feira de queijarias e uma série de painéis, o 1º Concurso de Queijos Artesanais do Rio Grande do Sul começou nesta sexta-feira (27) na Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), em Porto Alegre, e se estende até este sábado. Ao longo do evento, promovido pela Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL), com apoio do programa RS Criativo, serão avaliadas 99 variedades de queijos produzidos em diversas regiões do Estado. A programação inclui ainda oficinas de harmonização, coquetelaria de lácteos e degustação, realizadas em parceria com o Lola Bar e o Restaurante Térreo, e uma exposição fotográfica.
Um dos organizadores do concurso, o especialista em queijos Shay Trequesser, avaliou como positivo o primeiro dia do evento e destacou o apoio recebido de chefs de cozinha. “Foram vendidos quase todos os ingressos das oficinas de degustação, com itens diferentíssimos, como chá, chocolate, vinho, cerveja, então a gente vê um engajamento muito legal do público”, comentou. Como a iniciativa está em sua primeira edição, Trequesser disse que os organizadores não estabeleceram uma projeção de vendas. Cada uma das 15 agroindústrias presentes na exposição trouxe para a feira de 50 a 100 quilos de queijo, o que totaliza em torno de uma tonelada de produtos, informou.
Na disputa pela láurea no concurso, a Canto Queijaria, de Barra do Quaraí, conquista o paladar dos visitantes com queijos autorais como o Jarau, batizado em homenagem à cadeia de colinas rochosas que é uma das atrações turísticas do município. O produto, no formato de um morro, é preparado com uma infusão de chá de guabiroba, explicou o proprietário da queijaria, Paulo Ceratti. Outro destaque da agroindústria, o Aragano se diferencia pelos mofos naturais adquiridos durante a maturação na câmara de cura – brancos ou azuis, dependendo da temperatura em cada época do ano. “É um queijo selvagem, por isso tem o nome de Aragano, vento do Pampa que não se sabe de ontem vem nem para onde vai”, disse Ceratti, que produz 300 quilos de queijos por mês.
Jonas Maier e Tatiane Niendicker, de Quinze de Novembro, participam do evento para tornar sua marca conhecida. Foto: Matheus Piccini
À frente da Agroindústria Queijo Terra das Águas, de Quinze de Novembro, o casal Tatiane Niendicker e Jonas Maier veio para o concurso com o propósito de tornar sua marca conhecida. Com apenas três anos de atividades, o empreendimento produz mensalmente 800 quilos de queijos e vende o estoque em supermercados do município e de cidades vizinhas. Quem visitar o estande da empresa encontrará duas versões da iguaria – o queijo colonial e o produto maturado por mais de 60 dias. “Não temos expectativa de vendas, mas a gente espera que venha um grande publico”, disse Tatiane.
Patrícia Feiten